Os deputados federais Capitão Wagner (Pros-CE), Major Fabiana (PSL-RJ) e Capitão Alberto Neto (PRB-AM) registraram Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil de Fortaleza acusando o senador Cid Gomes (PDT-CE) de dano ao patrimônio público e tentativa de homicídio por investir pilotando uma retroescavadeira contra policiais militares que faziam piquete por melhores salários no batalhão da PM de Sobral, reduto eleitoral de Ciro e Cid Gomes e que tem como prefeito outro irmão deles, Ivo Gomes, quando foi atingido por dois tiros ontem. Os parlamentares alegam que os policiais se defenderam do ataque do senador registrado em vídeo (veja aqui). "Não aconteceu uma tragédia muito maior, não foi porque você não quis não, porque o que você queria era causar morte de policiais militares e seus familiares", diz a Major Fabiana em vídeo publicado pelo Capitão Wagner no Facebook. Cid Gomes teve alta hoje pela manhã e foi levado para Fortaleza para se recuperar em casa. A pedido do governador Camilo Santana (PT), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou ontem o envio de tropas da Força Nacional para o estado onde a criminalidade cresceu com a greve na PM, o que é proibido por decisão do STF.
O senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na tarde de hoje ao pilotar uma retroescavadeira para tentar furar um bloqueio de policiais militares que impediam colegas de ir trabalhar no Batalhão da Polícia Militar, em Sobral, no interior do Ceará, em protesto por melhores salários. A assessoria divulgou que os exames não constataram danos graves em nenhum órgão vital, mas ele ficará em observação na UTI do Hospital do Coração de Sobral. Ciro Gomes disse no Twitter: "Meu irmão Cid Gomes foi vitima de dois tiros de arma de fogo por parte de policiais militares amotinados e mascarados em Sobral, nossa cidade. Até aqui as informações médicas são de que as balas não atingiram órgãos vitais apesar de terem mirado seu peito esquerdo. Novos exames estão sendo feitos mas a palavra aos familiares e amigos é de que Cid não corre risco de morte. Espero serenamente, embora cheio de revolta, que as autoridades responsáveis apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei." O vídeo divulgado pelo jornal O Povo (CE) mostra o momento em que Cid foi baleado.
Confira momento que Cid Gomes é baleado em Sobral: https://t.co/3easjYQdxM pic.twitter.com/Gt3XWoy0Ea
— O POVO Online (@opovoonline) February 19, 2020
(...) Novos exames estão sendo feitos mas a palavra aos familiares e amigos é de que Cid não corre risco de morte.
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 19, 2020
Espero serenamente, embora cheio de revolta, que as autoridades responsáveis apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei.
A indicação do subprocurador da Bahia Augusto Aras, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério Público Federal, não deve encontrar resistências no Senado onde precisa de 41 votos dentre os 81 senadores para ser aprovado, conforme senadores da oposição ouvidos pelo site Congresso em Foco que não consideram obstáculo o fato de o nome não estar na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores (ANPR). O senador Cid Gomes (PDT-CE) disse não ter "preconceito" com o nome indicado por Bolsonaro, mas vai conversar com Aras antes de definir sua escolha. "Eu quero ouvi-lo, não tenho conhecimento, eu não sou daqueles que se apegaria, simplesmente rejeitaria por estar fora da lista tríplice. Tem que ser da classe, mas não há previsão legal", afirmou o ex-governador do Ceará.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador da Bahia que, conforme o site, "é próximo de Augusto Aras", prevê que o nome deve ser aprovado. Para o petista, não constar na lista tríplice não deve ser obstáculo, pois se trata de uma sugestão ao presidente, quem tem a prerrogativa de escolha. Para Wagner, diferente da indicação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada dos EUA que sofre resistências na Casa, a indicação do novo procurador deve ser aprovada. "Em relação aos outros cargos, como é de carreira, eu pessoalmente acho que, em tese, deve aprovar", declarou. Leia mais aqui no Congresso em Foco.