Quem saiu às ruas de Campo Grande na madrugada de hoje se assustou ao ter de passar por ruas alagadas pela chuva. Quem estava em casa também ficou assustado, como moradores de um condomínio do Bairro Itanhangá que sempre é alvo de enchentes.

Além de causar alagamentos em ruas e avenidas em vários pontos da cidade, o temporal que caiu em Campo Grande ontem voltou a abrir a repetida cratera no trecho da Avenida Filinto Muller em frente ao Lago do Amor. A Avenida Guaicurús, na saída para SP, foi uma das que viraram "rios", mostrando a inexistência de um sistema de drenagem eficaz.

Uma nova onda de calor e ar seco que atingiu o Estado neste último domingo de setembro deve marcar a primeira semana de outubro em Mato Grosso do Sul. 

Pela primeira vez, em um mês, o nível do Guaíba, em Porto Alegre, ficou abaixo da cota de inundação. Às 5h da manhã deste neste sábado, dia 1º de junho, atingiu a marca de 3,58 metros, dois centímetros menos que o patamar de transbordamento, de 3,6 metros. 

Depois de alguns poucos dias de trégua em meio a tragédia do Rio Grande do Sul, as chuvas voltaram e o drama continua em Porto Alegre e região metropolitana e em outras cidades gaúchas. 

Enquanto chuvas intensas provocam a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, pela primeira vez na história a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana) aprovou ontem, por unanimidade, uma Declaração de Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai, onde está localizado o Pantanal. 

Mais duas equipes do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul seguiram para o Rio Grande do Sul visando ajudar vítimas das enchentes que atingem aquele Estado. O Governo também enviou 15 mil cobertores doados para as vítimas.