O ministro do Supremo, André Mendonça, liberou reportagens do portal UOL sobre a compra de 51 imóveis em dinheiro vivo pela família do presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada ontem, horas depois que o desembargador Demétrius Gomes Cavalcanti, do TJDF, havia censurado o site, determinando a retirada das matérias do ar, a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Leia maisO Ministério da Justiça determinou à Netflix e demais plataformas de streaming que retirem do ar o filme "Como se tornar o pior aluno da escola", baseado em livro homônimo de Danilo Gentili. O filme virou alvo de críticas nas redes sociais, principalmente por parte de lideranças bolsonaristas, depois de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) compartilhar uma cena editada da obra alegando que ela promove "apologia à pedofilia".
Leia maisA interferência política do governo de Jair Bolsonaro nas provas do Enem que acontecem neste fim de semana, denunciadas ontem pela associação dos funcionários do Inep, já aconteceu no ano passado. O Globo informa que os servidores relatam que uma tirinha da Turma da Mônica sobre meio ambiente, assunto que desagrada o governo, foi retirada do exame após "sugestão" na "sala secreta".
Leia maisO ex-presidente Lula, que já teve essa ideia quando esteve no poder, voltou a afirmar que vai regular os meios de comunicação caso volte a ocupar o Palácio do Planalto. "Ainda não decidi se sou candidato. Estou conversando com muita gente, ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa e tem setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato porque se eu voltar, eu vou regular os meios de comunicação nesse país" disse o petista à Rádio Metropole, de Salvador.
Leia maisA Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás afastou das ruas um tenente da PM bolsonarista, que postou foto dele ao lado do presidente nas redes sociais, que prendeu ontem o secretário estadual de Movimentos Populares do PT-GO, Arquidones Bites, por se recusar a retirar do carro um adesivo com os dizeres "Fora Bolsonaro Genocida", sob alegação de que a Lei de Segurança Nacional proíbe calúnias contra o presidente da República. A prisão ocorreu em Trindade, na região metropolitana de Goiânia, mas a delegacia local se recusou a autuar o professor que foi levado pelo PM para a Polícia Federal na Capital, que também não constatou nenhum crime e liberou o detido. Em nota à imprensa, a SSP-GO informou que o tenente "responderá a inquérito policial e procedimento disciplinar para apuração de sua conduta" e acrescentou: "O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Segurança, informa que não coaduna com qualquer tipo de abuso de autoridade, venha de onde vier. Assim sendo, todas as condutas que extrapolem os limites da lei são apuradas com o máximo rigor, independentemente do agente ou da motivação de quem a pratica." A presidente do PT de Goiás, Kátia Maria, acompanhou o caso ontem e gravou vídeo divulgado no Twitter pelo PT nacional classificando a prisão como "autoritária" e censura contra a liberdade de expressão.
???? URGENTE: Arquidones Bites, dirigente estadual do PT em Goiás foi preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional por ter no carro uma faixa com a frase "Fora Bolsonaro Genocida". Chega de censura! Bolsonaro genocida, sim! #ForaBolsonaro
— PT Brasil (@ptbrasil) May 31, 2021