O Governo de Mato Grosso do Sul rejeitou hoje pedido de lideranças do comércio de Campo Grande para liberar o funcionamento do setor nesta semana e manteve as medidas de isolamento social contra a covid-19 que entraram em vigor em MS sexta-feira e se estendem até o dia 4 de abril. Acompanhados do prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-CG), Adelaido Vila, e a presidente da federação lojista (FCDL), Inês Santiago, foram recebidos pela manhã na Governadoria pelos secretários estaduais Sérgio Murilo (Governo e Gestão Estratégica) e Geraldo Resende (Saúde) e argumentaram que o setor segue as medidas de biossegurança. Sérgio Murilo disse considerar naturais as manifestações contra o decreto, mas afirmou que "o momento exige medidas duras" que seguirão em vigor. Pressionado pelos comerciantes, o prefeito Marquinhos disse, conforme o site estatal, que ainda vai conversar sobre o assunto com o governador Reinaldo Azambuja.
Um dia depois de o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande, Adelaido Vila, acusar a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de "disseminar o caos" com alertas para que as pessoas evitem aglomerações por causa da pandemia de covid e dizer que isso seria uma das causas da queda de 47% nas vendas de Natal do comércio da cidade neste ano divulgadas ontem pela entidade (veja aqui), o secretário de Saúde, Geraldo Resende, sem citar nomes, declarou hoje na live da covid-19 em MS: "Nossa resposta vai ser trabalho e trabalho (...). Nosso interesse maior é poder preservar vidas, e vamos fazê-lo, independente dessas críticas pequenas de setores minoritários". A SES divulgou hoje mais 30 mortes por covid confirmadas nas últimas 24h, que fazem de dezembro o mês mais letal da doença no estado com, com 505 óbitos, a maioria de Campo Grande. Veja o vídeo.