Na cidade de Tuchín, em Córdoba, na Colômbia, a prefeitura resolveu usar uma antiga tradição para punir quem sai às ruas sem necessidade desrespeitando a quarentena obrigatória para evitar o coronavírus. Os infratores estão ficando presos por um dos pés em praças públicas em um cepo de madeira. O prefeito Alexis Salgado postou fotos no Facebook (veja aqui) e disse à imprensa que apesar de não ser usada há alguns anos, a punição é prevista em lei e faz parte da tradição do povo indígena Zenú, da qual a população de Tuchín é descendente, informa o site da revista Época. "Se impusermos uma sanção econômica, a grande maioria não terá como pagá-la, mas se recorrermos a essas práticas típicas de sua cultura, as estamos fazendo com que cumpram as leis e mantenham vivas suas tradições", afirmou.
Se a moda chegar ao Brasil, vai faltar cepo. Acusado de não cumprir promessas de campanha e fazer má gestão, o prefeito Javier Delgado, de San Buenaventura, pequena cidade nos arredores de La Paz, na vizinha Bolívia, foi preso por populares no cepo – antiga armadilha de madeira – e humilhado em praça pública por cerca de uma hora. Foi a terceira vez em dois anos de gestão que Delgado recebeu o inusitado castigo que segue antigos costumes do lugarejo. Ele nega ter feito alguma coisa de errado e se diz perseguido pelos madeireiros endinheirados da cidade, que estariam espalhando "boatos" e enganando a população. O prefeito pertencia ao Movimento ao Socialismo (MAS), do presidente Evo Morales, mas rompeu com o governo e foi reeleito após criar um pequeno partido dissidente. Questionado sobre o castigo, ele disse ao diário El Deber: "Não é culpa da população. É culpa das pessoas que perderam o poder que sempre tiveram." Veja mais aqui no site boliviano El Deber.