O Governo do Estado anunciou hoje que a tarifa do ônibus urbano de Campo Grande ficará congelada em R$ 4,40 até o fim deste ano, depois que o Consórcio Guaicurus, que representa as empresas que monipolizam o serviço na Capital, aceitou a proposta feita pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de arcar com os custos do passe dos estudantes da Rede Estadual de Ensino, com repasse mensal estimado em R$ 1,2 milhão até dezembro, por meio de convênio com o Município.
Leia mais"Continuo na prefeitura, está batido o martelo", disse ao Blog o secretário municipal de Finanças de Campo Grande, Pedro Pedrossian Neto, pondo fim às especulações de que poderia ser exonerado do cargo hoje – fim do prazo para futuros candidatos deixarem funções públicas – para ser vice na chapa de reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD), depois de se filiar ao Democratas. "O Pedrossian Neto mandou a ficha de filiação ontem e criou a expectativa de que poderíamos brigar pela vice. Mas ele vai continuar na prefeitura", reforçou ao Blog, por telefone, o vice-presidente municipal do DEM e ex-vereador Airton Saraiva. Com isso, a vaga de vice na futura chapa de Marquinhos segue aberta. Caso ele confirme a aliança com o PSDB, o principal cotado à vaga é o tucano Carlos Alberto de Assis, que deixou ontem o governo para ficar à disposição do partido para as eleições deste ano na Capital – leia Após mexerem no tabuleiro eleitoral tucanos aguardam jogada de Marquinhos.
A saída de Carlos Alberto de Assis do governo hoje, se colocando à disposição do PSDB para disputar as eleições, mexe o tabuleiro político da disputa pela Prefeitura de Campo Grande. A próxima jogada será de Marquinhos Trad (PSD). Indagado pelo site Midiamax, o prefeito repetiu que "não tem nenhuma aliança com o PSDB, a não ser administrativa". Pelo menos, por enquanto. Seu líder na Câmara, o vereador Chiquinho Telles (PSD), disse ao site – leia aqui – que Marquinhos apoiou a reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2018, frisou que acredita "na gratidão" e espera o apoio dos tucanos nas eleições da Capital.
Nesse jogo político, o prefeito tem dois caminhos: confirmar em sua chapa a parceria com o governo de Azambuja traduzida em obras desde o início do ano passado na cidade – como os recapeamentos de vias urbanas e a reforma do Guanandizão – ou descartar essa aliança para não deixar a prefeitura com um vice-prefeito tucano caso queira abdicar do cargo para disputar disputar a cadeira de governador em 2022. Nesta segunda hipótese, o prefeito terá de bancar o risco de perder um forte aliado e criar mais um forte e bicudo adversário para sua reeleição. Enquanto aguardam, os tucanos já deixaram claro que estão no jogo.
Carlos Alberto de Assis foi exonerado hoje do Governo do Estado, onde vinha ocupando o estratégico cargo de secretário estadual de Gestão Política da Capital e atuando na linha de frente da parceria do governo com a prefeitura, e declarou ao Correio do Estado que está colocando seu nome no PSDB para disputar as eleições como vice na chapa do prefeito Marquinhos Trad ou, caso a aliança não se concretize, como candidato tucano na Capital. A exoneração publicada hoje no Diário Oficial do Estado confirma o que foi aqui publicado em janeiro do ano passado (leia A via que liga a Prefeitura e a Governadoria) informando que Assis era o nome do PSDB para vice na chapa de Marquinhos, depois de o prefeito apoiar a reeleição do governador Reinaldo Azambuja.