Investigada no inquérito das fake news no Supremo, por disseminar notícias falsas nas redes sociais, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) vai presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mais importante comissão por onde passam praticamente todas as matérias em trâmite na Casa que, entre outras atribuições, também decide sobre admissibilidade de impeachement. Aliada do presidente Jair Bolsonaro, a deputada negacionista em assuntos relacionados à pandemia da covid-19 já defendeu em 2020 a intervenção militar como "poder moderador". Bia Kicis foi indicada ao comando CCJ após acordo intermediado ontem por Arthur Lira (PP-AL), eleito presidente com apoio de Bolsonaro, após a definição de que Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, deve ficar com a primeira secretaria na Mesa Diretora. A ideia, conforme O Globo, foi pacificar as duas alas do PSL, a de Bivar e a bolsonarista, rompidas desde 2019. Nesse arranjo, o líder do partido será Vitor Hugo (PSL-GO), ex-líder do governo. "Foi um acordo para selar a paz" disse Bia Kicis ao jornal.