Cientistas de vários países, inclusive do Brasil, investigam se há relação da vacina BCG (aplicada contra a tuberculose em crianças e conhecida por deixar uma cicatriz que costumam durar pelo resto da vida) na redução dos efeitos nocivos do novo coronavírus. O ministro Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) anunciou na quarta-feira que a pasta repassou R$ 600 mil para esses estudos. Uma pesquisa feita em Nova Iorque, publicada na medRvix no início do mês, analisou o avanço e a mortalidade do coronavírus entre 9 e 24 de março em 178 países. Os que adotam a BCG como vacina obrigatória como o Brasil têm até 10 vezes menos casos e óbitos por Covid-19 a cada milhão de habitantes. A diferença é mais visível entre Portugal, que adota a BCG e registra neste domingo 714 óbitos pela Covid-19, e sua vizinha Espanha, que não adota a vacina e hoje soma mais de 20,5 mil mortes pela nova doença conforme o mapa em tempo real da universidade Johns Hopkins (veja aqui) dos EUA. Estudos preliminares apontam que, embora indicada para tubercolose, a vacina reforça o sistema imonológico reduzindo as chances de outras infecções por vírus e bactérias. As novas pesquisas tentam confirmar se isso de fato ocorre em relação à Covid-19.