Abraham Weintraub amanheceu neste sábado nos Estados Unidos, um dia depois de dizer no Twitter que estava "saindo do Brasil o mais rápido possível" e afirmar à CNN que a intenção era evitar fosse preso ou morto (leia aqui). "Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA", escreveu hoje na rede social o assessor da Presidência, Arthur Weintraub. O MEC também confirmou a viagem. Só depois, a exoneração do agora ex-ministro da Educação foi publicada hoje no Diário Oficial da União, pelo presidente Jair Bolsonaro, que nomeou como interino o secretário-executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, até definir o titular. Ontem, o senador Fabiano Contarato (PSB-ES) protocolou no Supremo um pedido de apreensão do passaporte de Weintraub, que é alvo do inquérito no STF que apura a disseminação de fake news e ameaças aos ministros da Corte. Indicado pelo governo Bolsonaro a uma vaga na diretoria do Banco Mundial, Weintraub espera aprovação de outros países do grupo para assumir o cargo, cujo mandato termina em outubro, quando o Planalto terá de fazer nova indicação.
"Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). Não quero brigar! Quero ficar quieto, me deixem em paz. Porém, não me provoquem!", escreveu Abraham Weintraub no Twitter hoje, um dia depois de anunciar em vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro que vai deixar o Ministério da Educação e assumir um cargo no Banco Mundial. À CNN, declarou: "A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes. Agora é evitar que me prendam, cadeião, e me matem". Ele já foi indicado pelo governo para assumir uma representação brasileira Banco Mundial, em Washington (EUA), e agora só depende de aprovação de outros países. A remuneração no cargo é de US$ 21,5 mil mensais (cerca de R$ 115,9 mil), quase quatro vezes mais do que o salário de ministro do MEC, de R$ 31 mil. "Com isso (ida para o Banco Mundial), eu, minha esposa, nossos filhos e até nossa cachorrinha vamos poder ter a segurança que hoje está me deixando muito preocupado", disse Weintraub ontem no vídeo (veja aqui), ao anunciar sua saída do governo.