Uma das cantoras de maior sucesso no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, Angela Maria morreu aos 89 anos na noite anterior, no Hospital Sancta Maggiore, onde estava internada há pouco mais de um mês, em São Paulo. O corpo está sendo velado no Cemitério Congonhas, na capital paulista, onde será sepultada no fim da tarde deste domingo ao lado de Cauby Peixoto, seu principal parceiro musical.
Abelim Maria da Cunha nasceu em 13 de maio de 1929 em Macaé (RJ). Filha de pastor protestante, desde menina cantava em corais de igrejas. Foi operária da General Eletric, mas queria ser cantora, apesar da oposição da família. Em 1947 participou de programas de calouros com nome Angela Maria, para não ser descoberta pelos parentes.
Em 1948, começou a cantar na casa de shows Dancing Avenida, onde foi descoberta pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho, que a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Brilhou na década de 1950 nas rádios Nacional e Mayrink Veiga. Em 1954, foi eleita pelo público “rainha do rádio” e ganhou de Getúlio Vargas o apelido de "Sapoti", por sua voz "doce e macia". "Ela nasceu para a música", disse hoje ao site G1 Daniel D'Angelo, marido de Angela há 40 anos.