Depois de ensaiar candidatura própria, o Democratas vai apoiar a reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD) em Campo Grande, conforme defendeu em fevereiro o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (leia aqui). "Nós não vamos lançar candidatura própria", confirmou hoje em áudio enviado aqui ao Blog o ex-vereador Airton Saraiva. "A tendência, com certeza absoluta, é apoiar o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad" acrescentou Saraiva, que é o vice-presidente da nova Comissão Provisória Municipal do DEM presidida pelo advogado Lucio Flávio Sunakozawa, e que foi nomeada "ad referendum" há pouco mais de 20 dias pelo presidente nacional do partido, o prefeito de Salvador ACM Neto. Nesta sexta-feira, último dia do prazo para filiações de pré-candidatos, o vereador Doutor Cury confirmou seu ingresso no DEM. Outras lideranças que cogitavam ingressar na sigla, mudaram de ideia. O deputado estadual Coronel David (ex-PSL), disse ao Blog que continuará sem partido até a oficialização do Aliança pelo Brasil, lançado pelo presidente Jair Bolsonaro; e o vereador André Salineiro (ex-PSDB), confirmou hoje sua filiação no Avante. Ouça abaixo o que diz Saraiva.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, negou liminar a partidos da oposição que buscavam impedir cartórios de atuarem no recolhimento de assinaturas de eleitores para a fundação do partido Aliança Pelo Brasil, lançado por Jair Bolsonaro. Na ação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o PT, PCdoB, PDT, PSB e PSOL alegaram que cartórios, sob orientação do Colégio Notarial do Brasil, estariam favorecendo a fundação da nova legenda, fornecendo fichas de filiação para acelerar o processo de recolhimento das assinaturas de apoiamento de eleitores ao novo partido – exigência fixada pela lei 9.096/95. Martins negou o pedido por entender que não há risco de perecimento de direito, a justificar a concessão da medida sem ouvir os interessados, nem demonstração segura de atuação irregular dos notários. Conforme o site do CNJ, o ministro, entretanto, determinou a intimação do conselho federal dos cartórios, juntamente com os cartórios e seccionais mencionados no pedido de providências, para que se manifestem sobre os fatos no prazo de 15 dias.
Jair Bolsonaro disse hoje que não vai se "meter" nas eleições municipais de 2020 caso não seja possível seu novo partido, o Aliança Pelo Brasil, ser registrado a tempo na Justiça Eleitoral para lançar candidatos. "Se meu partido não tiver candidato, não vou me meter em política municipal no corrente ano, ponto final", declarou à imprensa, em frente ao Palácio da Alvorada. Bolsonaro também afirmou que não visitará as capitais para eventos que começam no próximo sábado em Brasília e visam coletar assinaturas de apoio em 21 estados até março para criação do Aliança.
Em Campo Grande, o ato será no dia 1º de fevereiro. OAliança já ultrapassou em MS a meta de assinaturas, conforme aqui divulgado, e tem como pré-candidato à prefeitura da Capital o deputado estadual Coronel David, que pediu à Justiça a desfiliação do PSL. Em Brasília, Bolsonaro voltou a afirmar que vai sancionar o "fundão" de R$ 2 bilhões aprovado pelo Congresso para a campanha deste ano, mas lembrou que seu partido não terá dinheiro do fundo. "A gente espera, brevemente, criar um novo partido, que não vai ter fundão neste ano, nem em 2022. A gente não vai usar, porque é um dinheiro que sai, realmente, do povo, que podia ser aplicado melhor em outro local", disse Bolsonaro. Vale lembrar que enquanto não eleger deputados federais o Aliança não terá direito ao dinheiro do fundo.