O PSDB virou alvo de críticas nas redes sociais depois de 14 de seus 32 deputados federais, contrariando orientação do partido, terem votado a favor da PEC bolsonarista do voto impresso derrubada pela Câmara ontem, embora o partido seja, na teoria, de oposição a Jair Bolsonaro e esteja promovendo prévias para lançar candidatura própria contra o atual presidente. Dos três tucanos de Mato Grosso do Sul, duas deputadas – Rose Modesto e Beatriz Cavassa – votaram a favor da PEC.

Hóspedes anônimos e até políticos foram pegos de surpresa ao descer para o café da manhã no Hotel Nacional, em Brasília, e serem avisados que teriam de deixar hoje o prédio histórico para cumprimento de uma ordem de despejo por oficiais de justiça. O hotel, que já hospedou em 1968 a rainha Elizabeth II e também teve outros hóspedes ilustres, como os ex-presidentes dos EUA Jimy Carter e Ronald Reag, o ex-presidente francês Charles de Gaulle e a ex-primeira-ministra da Índia, Indira Gandhi; foi arrematado em leilão por R$ 93 milhões em 2018, em consórcio pelo grupo hoteleiro Bittar e a construtora Luner, e o despejo foi determinado porque os atuais administradores resistiam em entregar o imóvel, que será fechado e reformado pelos novos donos.

O presidente nacional do PTB Roberto Jefferson, que estava de mudança no fim da tarde, disse à imprensa que morava há 15 anos com a esposa no local e que foi avisado por um representante do grupo Bittar. "Ele foi muito cortês e correto", afirmou ao Correio Braziliense. "Era minha casa, senti muito, os garçons são meus amigos, a nutricionista e outros funcionários" relatou o ex-deputado, que chegou a ficar um mês na suíte presidencial que recebeu a rainha, mas achou o ambiente muito escuro. "Muito rococó", detalhou. "Não tem um hotel em Brasília que tenha aquelas instalações, apartamentos daquele tamanho, aquele conforto, o pé direito alto, as salas de convenções. Se mantiverem isso, o restaurante na beira da piscina, será um sucesso, vai ser o maior hotel", avaliou. Outro político que teve de deixar o local foi o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP que, segundo o jornal, ocupava  desde o início do ano um dos apartamentos do primeiro andar.

A sessão da CPMI das Fake News no Congresso foi marcada ontem por bate-boca dos deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP). Frota havia acusado Jair Bolsonaro de proteger "terroristas virtuais" e de ter "milícias digitais" para espalhar fake news contra adversários. Líder do PSL, Eduardo disse a presença de Frota para depor como convidado sobre fake news era "um escárnio", disse que o conheceu quando ele "mendingava carona para o então candidato Jair Bolsonaro", afirmou que a população "tem aversão" a quem é aliado e depois de eleito "muda de lado". Iniciou-se um bate-boca. Eduardo chamou Frota de "traíra" e afirmou: "o senhor era menos promíscuo quando fazia filme pornô". Frota, indagou: "Mas você assistia muito, né?". Eduardo respondeu: "Não, nem um pouco". Frota emendou: "Eu sei que você gosta". Por fim, afirmando que a intenção da CPI era atacar o governo Bolsonaro, Eduardo disse que iria deixar a sessão e voltou a chamar Frota de "ator de filme pornô". O outro insistiu: "E você gosta". Veja o vídeo reproduzido pelo site Poder360.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) publicou hoje no Twitter uma foto ao lado do deputado David Miranda (PSOL-RJ) e escreveu: "Para o Gleen, com carinho. Jornalista mente mas a gente não". A intenção da foto tirada pelo  deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foi ironizar notícia de que Miranda estaria se separando de Gleen Greenwald por ciúmes sobre um suposto envolvimento de Frota com o dono do site The Intercept. Greenwald também usou a rede social para ironizar a "fake news" que ele atribui ao "movimento Bolsonaro".

O novo deputado tucano Alexandre Frota (SP) arrancou lágrimas de Rodrigo Maia ao agradecer ao presidente da Câmara por sua ida para o PSDB, durante sua apresentação à bancada federal da sigla ontem, ao lado do governador paulista João Doria. Frota afirmou: "Queria fazer que me surpreendi demais contigo e quero que você saiba que eu devo a minha chegada ao PSDB a você, a você Rodrigo Maia. Quero agradecer de coração e precisava te falar isso. aqui na frente dessas pessoas. Não tenho vergonha das lágrimas que estão descendo aqui no meu rosto. Devo muito a você. Sou muito agradecido a todos vocês aqui, mas meu irmão, muito obrigado. De verdade" (Veja abaixo o vídeo postado pela repórter da Rádio Gaúcha no Twitter). Ao fim da reunião, afinado com Doria, Maia afirmou: "O PSDB e o DEM estarão juntos em 2020 e em 2022".

Expulso nesta semana do PSL, Alexandre Frota (SP) disse hoje à revista Época que ingressou no PSDB à convite de João Doria, voltou a criticar Jair Bolsonaro e já defende a candidatura do governador de São Paulo para presidente em 2022. "Estou aliviado de não ter mais o peso Bolsonaro em minhas costas. Isso não é ser Judas, como a milícia dele tenta pintar", afirmou. "Ele fala que tem de fazer cocô dia sim, dia não, para preservar a natureza. Melhoraria nossas vidas ele não fazer cagada todos os dias", disparou.

Frota disse à revista que fazia a segurança de Bolsonaro na campanha, porque ele tinha "medo" de petistas. "Muitas vezes ele ficava assustado, com medo da CUT, do PT, do MST, e eu trazia amigos de minha academia para fazer a segurança dele. (...) Saí na porrada com o PT por causa dele, participei de todas as manifestações".

O novo deputado tucano também defendeu Doria para o Planalto. "Doria presidente dará dignidade ao país. Bolsonaro tem viés ditatorial. Um deputado que não concorda com ele é expulso do partido. Um ministro que não compactua com a vontade do filho dele é demitido."

O deputado federal Alexandre Frota (SP) foi expulso hoje do PSL por meio de proposta feita pelo presidente nacional da sigla e também deputado Luciano Bivar (PE), aprovada por unanimidade pela manhã em reunião da executiva do partido, depois de dizer à revista Época que o governo do presidente Jair Bolsonaro foi sua "maior decepção", ter chamado o diretório do PSL-SP de "milícia de ex-PMs" no Twitter e ter sido o único deputado que não votou no segundo turno da Reforma da Previdência, aprovada na Câmara. O presidente nacional do DEM, ACM Neto, confirmou hoje ao jornal O Globo convite a Frota ingressar o partido.

Único deputado presente em plenário a não votar em segundo turno na nova Previdência na noite anterior na Câmara, Alexandre Frota (PSL-SP) disse à revista Época que sua abstenção foi um "recado para o governo" após sofrer retaliação por ter criticado Jair Bolsonaro. Conforme a revista, o deputado afirmou ter sido avisado ontem que seria retirado da vice-liderança do PSL e da coordenação da reforma tributária na Casa, e perdeu o controle do PSL em Cotia (SP), onde mora. Frota disse que a "crise" começou depois de ter dado "nota quatro" para o governo e ter dito em uma entrevista que estava decepcionado com o presidente. A Época ouviu o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), e ele disse que Frota foi afastado da vice-liderança do partido por determinação do Diretório Nacional do PSL, por causa das críticas a Bolsonaro.

O juiz Rossidelio Lopes da Fonte, da 36ª Vara Cível do Rio, condenou o ator Alexandre Frota a pagar R$ 50 mil por danos morais ao cantor e compositor Chico Buarque, a quem xingou nas redes sociais, em outubro do ano passado. Na sentença, diz o site do TJRJ, o juiz destaca que Frota atacou Chico com ofensas de baixo calão e atribuiu a ele o cometimento de crime para agradar alguns setores políticos. Além disso, na postagem, usou foto do Chico sem sua autorização. No Twitter, Frota postou resposta dele à Folha de S.Paulo dizendo que não retira nada do que falou, promete recorrer e voltou a xingar. "O Chico é um grande fdp que vive em Paris tomando champanhe e dando palpite na política do Brasil. O motivo maior de ele ser um filho da puta é por defender o safado vagabundo do Lula".