O chanceler alemão, Olaf Scholz, oficializou ontem o convite ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, para participar da reunião da cúpula do G7, grupo que reúne as principais economias industrializadas do mundo, que acontecerá no fim deste mês na Baviera. O Brasil foi ignorado pelo terceiro ano seguido.
Leia maisO presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou no Twitter, na noite anterior, que testou positivo para covid-19, após sentir sintomas e fazer o teste. Fernández tomou as duas doses da vacina russa Sputnik V há quase dois meses, mas a imunização não impede a contaminação pelo coronavírus, mas sim o agravamento da doença. "Ao terminar este dia, depois de apresentar febre de 37,3º e uma leve dor de cabeça, fiz um teste no qual testei positivo", disse Fernández, que completou ontem 62 anos e ficará isolado, enquanto aguarda contraprova do teste. "Por mais que eu não quisesse terminar o dia do meu aniversário com esta notícia, estou animado", escreveu na rede social. A Sputnik V tem eficácia de 91,6% na prevenção da covid, conforme estudo publicado na revista científica Lancet em fevereiro.
Para información de todos y todas me encuentro físicamente bien y, aunque hubiera querido terminar el día de mi cumpleaños sin esta noticia, también me encuentro bien de ánimo. Agradezco desde el alma las muchas muestras de afecto que hoy me han brindado recordando mi nacimiento.
— Alberto Fernández (@alferdez) April 3, 2021
Senadores da Argentina aprovaram na madrugada de hoje, por 38 votos a 29, a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação. Já confirmada na Câmara dos Deputados, a medida, que foi uma das promessas de campanha de Alberto Fernández, deve ser sancionada pelo presidente, que hoje afirmou que sociedade argentina "é melhor ao ampliar o direito das mulheres". O governo estima entre 370 mil e 520 mil abortos clandestinos por ano no país e diz que, desde a restauração da democracia em 1983, mais de 3 mil mulheres morreram devido a abortos ilegais. O Congresso argentino também aprovou a 'Lei dos 1.000 dias', para dar apoio material e de saúde às mulheres de setores vulneráveis que desejam levar adiante a gravidez, para que dificuldades econômicas não sejam motivo para abortar. Grupos de mulheres comemoraram a decisão do Congresso nas ruas de Buenos Aires.
???? Así se vivió el momento de la votación en las inmediaciones del Congreso: festejos y emoción por la sanción del aborto legal, seguro y gratuito en Argentina pic.twitter.com/CcrYfLGgh8
— Agencia Télam (@AgenciaTelam) December 30, 2020
A Argentina começará a vacinar amanhã sua população contra o novo coronavírus usado a vacina russa Sputnik V. "A ideia é que quando chegar o outono (no hemisfério sul), teremos um grande número de pessoas dos grupos de risco vacinadas", anunciou no sábado o presidente Alberto Fernández após reunião com governadores. O país vizinho recebeu cerca de 300 mil doses do imunizante na semana passada, que começaram a ser distribuídas hoje para as províncias, e espera novas remessas para o início do ano. Na quarta-feira, a Argentina se tornou o terceiro país depois da Rússia e da Bielo-Rússia a aprovar o uso emergencial da vacina Sputnik V. Alguns cientistas demonstraram preocupação com a agilidade da Rússia em lançar vacinação com a Sputnik V antes que os testes completos sobre a segurança e eficácia do medicamento tenham sido concluídos, mas o governo de Vladimir Putin diz que as críticas são infundadas. A Argentina também aprovou o uso emergencial da vacina da Pfizer - BioNTech contra a covid-19.
Argentina ya tiene vacuna contra el Covid-19. Nuestra sincera gratitud con @sputnikvaccine y con el presidente Vladimir Putin por el compromiso que han demostrado con nuestro país.
— Alberto Fernández (@alferdez) December 24, 2020
Se abre un camino de esperanza, pero la pandemia aun no ha terminado. Debemos seguir cuidándonos. pic.twitter.com/M76AohCU99
O Papa Francisco recebeu hoje a visita do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, na biblioteca privada do Palácio Apostólico do Vaticano. Conforme o jornal argentino Clarín, o encontro durou 44 minutos, quase o dobro do tempo que Francisco havia dedicado ao ex-presidente Maurício Macri, derrotado por Fernández nas eleições do ano passado. O encontro foi descontraído: quando iam passar de um cômodo para outro, Francisco insistiu para Alberto ir na frente e brincou: "O coroinha primeiro". O jornal La Nación informa que o papa deu quatro livros para o presidente, que retribuiu dando ao religioso um livro sobre cafés famosos de Buenos Aires, e uma estatueta do Negro Manuel, um leigo que viveu na Argentina no século 17 e que pode ser canonizado. No Twitter, Fernández disse que Francisco "significa muito" para ele e que compartilham "preocupações em comum, como a pobreza e a fome que muitos argentinos padecem" e disse que conta com o apoio do papa "para resolver esses problemas urgentes".
Francisco significa mucho para mí, es un líder moral que me reencuentra con la mejor Iglesia.
— Alberto Fernández (@alferdez) January 31, 2020
Además tenemos preocupaciones en común, como la pobreza y el hambre que muchos argentinos padecen. Sé que contamos con su apoyo para atender esos problemas tan urgentes. pic.twitter.com/fQaWo0MSvp
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que estava no México, passou por Cuba para uma consulta médica e chegou hoje à Argentina na condição de asilado político oferecida pelo novo governo, agora comandado por Alberto Fernández. "Entra na condição de asilado e depois passará a ter a de refugiado", afirmou o ministro das Relações Exteriores argentino, Felipe Solá, a uma emissora de TV de Buenos Aires. No Twitter, Evo agradeceu os governos do México e da Argentina e disse que está "forte e animado" para seguir "lutando pelos mais humildes".
Hace un mes llegué a México, país hermano que nos salvó la vida, estaba triste y destrozado. Ahora arribé a Argentina, para seguir luchando por los más humildes y para unir a la #PatriaGrande, estoy fuerte y animado. Agradezco a México y Argentina por todo su apoyo y solidaridad.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) December 12, 2019
O vice-presidente Hamilton Mourão representa o governo brasileiro hoje em Buenos Aires no evento de posse do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández. Conforme o porta-voz Rêgo Barros, a decisão de Jair Bolsonaro de enviar o vice à cerimônia visa valorizar a relação entre os dois países, especialmente em relação às questões comerciais. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, só atrás da China e dos Estados Unidos, com um fluxo comercial anual de mais de quase US$ 26 bilhões, conforme dados de 2018. Indicado por Fernández para ser embaixador no Brasil, o peronista Daniel Scioli disse ontem ao site UOL que a participação do vice-presidente do Brasil no evento "é um resultado muito auspicioso" para relação entre os países. "Sentimos um particular entusiasmo com o Brasil ter uma representação de nível de vice-presidente. Isso é mais um passo na direção dos objetivos que nos propusemos, tanto do lado do Brasil como da Argentina, de um pragmatismo, deixar de lado os desencontros, ter a maior harmonia possível para enfrentar grandes desafios e desenvolver todas as oportunidades que temos", afirmou.
Em um gesto político, o presidente @jairbolsonaro me designou para representá-lo na posse do presidente da #Argentina Alberto Fernández @alferdez . Parto agora de Brasília rumo a Buenos Aires. pic.twitter.com/uag52hYl0t
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) December 9, 2019
O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, sinalizou a Jair Bolsonaro que, apesar da divergência ideológica com o colega brasileiro, quer manter e até reforçar o bom relacionamento com o Brasil. O presidente da Câmara argentina, deputado Sérgio Massa, ao receber ontem uma comitiva chefiada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-SP) acompanhado de Paulo Pimenta (PT-SP) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), convidou os deputados brasileiros a conhecer o presidente eleito, o futuro chanceler Felipe Solá e o futuro embaixador no Brasil Daniel Scioli. Fernández disse a Maia: "Se nos respeitarmos, é mais fácil conviver. Transmitam ao presidente Jair Bolsonaro o meu respeito e o meu apreço para trabalharmos juntos". E acrescentou: "Temos um destino em comum. Temos que cuidar para que nenhuma conjuntura altere nossa relação. O Brasil é um irmão com outro idioma".
Escolhido por Fernández para ser o futuro embaixador da Argentina no Brasil, o peronista Daniel Scioli, disse ao O Globo que sua missão "aproximar posições" com o governo brasileiro. "Fernández conhece minha de forma trabalhar, sempre busco acordos, descomprimir situações de conflito", afirmou Scioli, que já foi governador da província de Buenos Aires, vice-presidente de Néstor Kirchner (2003-2007) e candidato à Presidência do kirchnerismo em 2015.
Indagado sobre Bolsonaro ter afirmando que não vai à posse de Fernández, o futuro embaixador minimizou: "Mas manda um ministro importante [Osmar Terra, da Cidadania] e o fato de que hoje tenha estado aqui o presidente da Câmara, que tinha informado o presidente que vinha, mostra vocação de deixar atrás etapas de desencontros. Essa é minha visão, sou otimista. Podem existir diferentes visões, mas temos que buscar as coincidências pelo bem de nossos países. Agora que o Brasil está se recuperando, tenho certeza de que nosso presidente fará todo o esforço para recuperar a Argentina".
A Argentina é o parceiro mais importante do nosso país e, portanto, Brasil e Argentina são mais fortes quando estão juntos. A nossa visita hoje veio consolidar ainda mais esta parceria.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) December 5, 2019