A Executiva Nacional do PSDB confirmou hoje o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à sucessão presidencial, em votação que teve 33 votos a favor, um contra, do deputado federal Aécio Neves (MG), e uma abstenção, do vice-presidente da sigla Nelson Marchezan Jr.

Jair Bolsonaro, que insiste na volta do voto impresso para tentar se manter no poder, e voltou a dizer hoje que as urnas eletrônicas não são confiáveis e afirmou que vai convidar um "hacker do bem" para provar na semana que vem que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) deveria ter vencido as eleições presidenciais de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita. O próprio Aécio, entretanto, voltou a dizer na semana passada à CCN que não há indício de fraude nas eleições vencidas por Dilma. 

A disputa pela liderança do PSDB na Câmara entre os grupos de Aécio Neves (MG) e João Doria (SP) continua. "Alegando problema de saúde, o deputado federal Jefferson Campos, do PSD, pediu licença de quatro meses mais uma semana — tempo mínimo para que o suplente Luiz Lauro Filho, do PSB, possa assumir. Uma vez empossado, Luiz Lauro Filho deve se desfiliar do PSB e se filiar ao PSDB. Entronizado como tucano, ele prometeu votar no candidato de Doria, o deputado Beto Pereira, que concorre com Celso Sabino. A oposição a Doria já avisou que entrará na Justiça contra essa manobra", informa hoje o site O Antagonista.

A briga pela liderança do PSDB na Câmara foi marcada por uma "guerra de listas" na semana passada e consolidou o racha entre os deputados federais tucanos, divididos entre os que apoiam o deputado Aécio Neves (MG) e os apoiadores de João Doria (SP). O deputado Beto Pereira (MS), apoiado pelo governador de SP, chegou a ser eleito na terça-feira líder do partido, por 16 votos a 1, porque o grupo grupo ligado a Celso Sabino (PA), apoiado por Aécio, não votou em protesto contra suposta "manobra". Porém, a lista que elegeu Beto acabou anulada, após a deputada Bruna Furlan (SP), ligada a Aecio, dizer que sua assinatura havia sido usada sem permissão em apoio ao sul-mato-grossense. Sabino apresentou nova lista e assumiu a liderança na sexta-feira, após vencer a disputa por 16 votos a 15. Isso só foi possível porque Miguel Haddad (SP), suplente ligado a Doria, deixou a cadeira fazendo Beto perder um voto. A briga, entretanto, continua. Nesta terça-feira, o grupo de Beto deve voltar a se reunir em Brasília para decidir os próximos passos.

Em uma disputa interna acirrada travada pelos grupos ligados a ao governador paulista João Doria e o deputado mineiro Aécio Neves, Beto Pereira pode se tornar o primeiro deputado federal de Mato Grosso do Sul a virar líder do PSDB na Câmara. A eleição será na próxima terça-feira às 17h na sala da liderança do partido Câmara e a bancada tucana está dividida: dos 32 deputados, metade apoia Beto e metade apoia o deputado Celso Sabino, do Pará.

Nos bastidores tucanos, o comentário é de que Beto teria só dois dos três votos de MS, incluindo o dele, mas como a votação será secreta a informação não é confirmada. Apesar da suposta "baixa" em seu estado, o sul-mato-grossense leva vantagem caso o empate seja confirmado. O primeiro critério de desempate é o número de mandatos, e ambos estão no primeiro mandato. O segundo critério é a idade, e Beto leva vantagem por ser seis meses mais velho do que o concorrete. O grupo adversário já cogitou substituir Sabino por um parlamentar mais velho, mas desistiu ao ver que perderia votos.

O sul-mato-grossense é apoiado por deputados ligados a João Doria, enquanto o outro candidato, Celso Sabino, do Pará, tem apoio do grupo ligado a Aécio Neves, que tenta barrar a ascenção do paulista na sigla. Dos sete deputados federais do PSDB de São Paulo, estado de Doria, por exemplo, seis apoiam Beto Pereira. E, conforme o Estadão, só Bruna Furlan, próxima a Aécio, declarou que está ao lado de Sabino.

A polícia investiga a morte do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Henrique Valladares, cujo corpo foi encontrado ontem em seu apartamento, no Rio de Janeiro. As primeiras investigações indicam que não havia sinais de arrombamento, nem evidências de luta no local. Boletim da 14ª DP do Leblon aponta "causa indeterminada" para a morte. O empresário ficou conhecido por ter revelado em delação à Lava Jato pagamentos de propinas para o ex-senador e atual deputado Aécio Neves (PSDB/MG) e para o ex-senador Edison Lobão (MDB/MA), ex-ministro dos Governos Lula e Dilma, para a empreiteira obter facilidades nas obras das usinada hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. Nas planilhas de propina da empresa, Aécio era citado como "Mineirinho" e Lobão como "Esquálido". Ele também revelou pagamento de mesadas a lideranças indígenas e da CUT da região. (Com Estadão)

A executiva do PSDB rejeitou dois pedidos de expulsão de Aécio Neves (MG) em uma derrota do governador João Doria (SP), que pretende disputar a Presidência em 2022 e defende o afastamento do deputado que é réu na Lava Jato. No Twitter, Doria disse o partido "escolheu o lado errado", defendeu que Aécio "deve se afastar do PSDB e fazer sua defesa fora do partido" e afirmou: "O derrotado, nesse caso, não foi quem defendeu o afastamento de Aécio. Quem perdeu foi o Brasil".

Aécio Neves classificou como "de principiantes" os governos de Romeu Zema (Novo-MG) e de Jair Bolsonaro (PSL) durante a convenção do PSDB de Minas Gerais, no sábado. O deputado disse não ser demérito "aprender a governar com a roda girando", mas criticou o "ultraliberalismo" do governador mineiro e o "desequilíbrio" da política externa do governo federal. "Saímos de uma política com viés ideológico de esquerda que fez muito mal para o país, como exemplo o apoio ao governo Maduro na Venezuela, mas começo a ver outra face da mesma moeda. O governo Bolsonaro busca um alinhamento à direita que não corresponde à tradição da política externa brasileira, que é de equilíbrio", disse Aécio. Sobre denúncias de corrupção e investigações contra ele, disse que foi vítima de ataques, mas não entrou em detalhes. Ex-governador, ele disse que as gestões tucanas em Minas foram as melhores e pediu aos correligionários para buscar votos nas eleições do ano que vem: "Não temos razões para nos envergonhar". (Com Estado de Minas)

A Polícia Federal amanheceu hoje cumprindo 24 mandados de busca e apreensão na Operação Ross, relacionada à delação de executivos da JBS sobre propinas pagas pelo grupo a três senadores e três deputados. Os alvos são endereços ligados ao senador e deputado eleito Aécio Neves (PSDB-MG), à irmã dele, Andrea Neves, e a mais cinco parlamentares: os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA) e os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). A Operação Ross, desdobramento da Patmos, tem esse nome em alusão à plataforma de gelo Ross, maior superfície de gelo do planeta, em referência à grande quantidade de notas frias usadas no esquema de compra de apoio de políticos.