Pré-candidato do PT ao Governo de Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci, se uniu à caravana de MS que foi a Curitiba reforçar o acampamento de apoio ao ex-presidente que hoje completa um mês de prisão e discursou no ato "Bom dia Lula". Falando em resistência, Amaducci afirmou que "prenderam o homem que trouxe a paz, a dignidade, o respeito ao povo brasileiro" e defendeu a liberdade de Lula: "Nós precisamos que esse homem venha pras ruas junto com a gente". Veja o vídeo.

O delegado da Policia Federal Gastão Schefer Neto é acusado por militantes de quebrar o equipamento de som do acampamento "Marisa Letícia" de apoiadores de Lula que fica próximo à sede da PF em Curitiba na manhã desta sexta-feira. O caso ocorreu logo após o ato "Bom dia Presidente", quando militantes ficam gritando "bom dia" a Lula todas as manhãs, desde que estão no local. Gastão, que mora nas proximidades da PF e do acampamento, foi candidato a deputado federal em 2014 pelo PR. Em nota, a assessoria do acampamento diz que ele "empurrou uma das caixas de som" danificando equipamentos. "Os seguranças voluntários o detiveram e impediram que o agressor fosse linchado pela multidão", diz a postagem. A PF informou ao Portal Paraná que o fato em via pública não tem relação com o cargo e por isso não vai se manifestar.

Apesar do ataque ao acampamento de militantes apoiadores de Lula em Curitiba, o PT manteve a programação da vigília "Lula Livre" na cidade e neste feriado do Dia do Trabalho, com apoio da CUT, os principais nomes do partido devem fazer discursos em prol da liberdade do ex-presidente. Conforme o jornal Correio Braziliense, uma gravação de Lula inédita de 1986 será distribuída pelo país. A assessoria do PT no Paraná disse que a programação de amanhã começa às 7h com concentração no terminal Boa Vista, próximo à sede da Polícia Federal. De lá, os manifestantes seguem para o edifício da PF, onde, diariamente, há uma rito conhecido como “bom dia, Lula” — quando todos dizem a frase aos gritos. Em carta à senadora Gleisi Hoffmann (PR), o ex-presidente afirmou que consegue ouvir seus apoiadores, e pediu para que eles continuem com a "tradição". Depois, haverá um ato ecumênico e uma passeata ao Centro às 14h, quando haverá ato na Praça Santos Andrade. No fim, haverá shows de artistas locais e nacionais, como Maria Gadu e Beth Carvalho.

Após a repercussão nas redes sociais, o sindicato gaúcho alegou, em nota, que o vídeo "mostra perfeitamente a intenção do sindicalista de proteger o profissional". Veja o vídeo.

A Frente Brasil Popular de Mato Grosso do Sul, formada pelo PT, PCdoB e outros partidos e movimentos aliados, divulgou nota de repúdio em que classifica como "terrorista" um ataque a tiros ao acampamento de apoiadores de Lula, em Curitiba, em que um dos militantes, Jefferson Lima de Menezes, de 39 anos, foi baleado no pescoço e está internado em estado grave no UTI do Hospital do Trabalhador da cidade.

Citando trecho da Constituição que garante direito às manifestações, a nota assinada por Genilson Duarte diz: "A Frente Brasil Popular de Mato Grosso do Sul reforça o pedido de defesa da democracia à imprensa, à Secretaria de Estado de Justiça do Paraná, aos parlamentares para que as autoridades tenham empenho na identificação e prisão do grupo terrorista. Desta forma mostrar ao mundo que o Brasil não é terra de impunidade".

As primeiras informações, conforme a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), são de que um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento onde a segurança foi reforçada. Nas redes sociais, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), classificou o episódio como "atentado" e afirmou em vídeo: "Quem incita o ódio contra o PT é responsável por esses tiros".

Depois de 40 dias no local, policiais civis decidiram em assembleia neste sábado suspender o acampamento em frente à Governadoria como protesto do movimento por reajuste salarial. A categoria decidiu continuar a negociação, reivindicando que o projeto de lei que altera a promoção – que serão feitas por critério técnico e não mais por critério político – seja encaminhado à Assembleia em 30 dias e para que a categoria receba o reajuste linear. "Novamente, vamos ter boa vontade com o governo do estado e retiraremos nosso acampamento temporariamente. Caso não haja avanços poderemos retornar com o acampamento e com outros protestos",  diz o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, no site do sindicato da categoria.