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Papo de Arquibancada






Por Itamar Novaes (*)

 

Às vezes, certos casais, após muito desgaste na relação decidem se divorciar. Todavia, após certa reflexão mais apurada constatam que não vale a pena formalizar um divórcio. Pela questão do binômio “custo-benefício”. Desatar todos os nós do fim da relação (guarda de filhos,partilha de bens,pensão...) pode se desdobrar num custo muito alto. E chegam à conclusão de que “o melhor” é “ficar tudo como está”. E ir fazendo “ajustes” na relação sem nada formalizar.


Traçando uma analogia um pouco imaginativa e pragmática, o impasse que envolve a FIA ( Federação Internacional de Automobilismo) e a FOTA (Associação de Equipes de F1, em inglês), poderá se encaminhar para um desfecho em que decidirão manter-se tudo como está. Ou então farão ajustes com concessões para ambos os lados, e as oito equipes dissidentes ,junto com a Wiliams e a Force India, que fecharão com a FIA. E irão compor o quadro para 2010.


Para quem não acompanhou essa disputa nos bastidores da F1 o impasse é o seguinte: A FIA quer limitar os gastos das equipes para a temporada de 2010 em 40 milhões de Libras Esterlinas (cerca de R$ 125 milhões). Ocorre que oito equipes (BMW,Brawn GP,Ferrari,Red Bull,Toro Rosso,Toyota,Renault e Mac Laren), são contrárias a essa idéia, alegando que a Formula 1 vai regredir, pois as equipes que seguissem esse teto teriam tratamento diferenciado. E se estaria criando uma “sub categoria” dentro da F-1.A FIA diz que visa com isso atrair novas equipes e reduzir custos. Mas as oito dissidentes não concordam.
Max Mosley, presidente da FIA, faz jogo duro. E diz ter o pedido de 10 equipes para ingressarem na categoria em 2010. Que seriam Brabham (que já esteve na F-1,na qual Nelson Piquet venceu os campeonatos de piloto de 1981 e 1983), além de Campos, Epsilon Euskadi, Litespeed, Lola (que forneceu motor para a categoria nos anos oitenta), March, N.tecnology, Prodrive, Superfund e USGP (outra que retorna).Sinceramente, tratando da questão comercial,será que a um campeonato com essas equipes teriam o mesmo êxito financeiro que a F-1 tem hoje? Dariam elas retorno publicitário? Será que vale a pena correr o risco?


Os managers da F-1 sempre decidiram mais pensando nos lucros. A F-1 sempre teve disputas homéricas nos bastidores. Não poderia ser diferente,até mesmo pelo fato de confrontar interesses comerciais diversos. Mas dessa vez, a animosidade é muito forte. E se o “racha” de fato prevalecer, creio que, por hora, todos perderão. Ficará muito estranho existirem “duas fórmulas um”. Além disso, tem a questão do dinheiro envolvido.


Vejamos. Se as oito equipes contrarias à FIA , decidirem não participar do campeonato de 2010, um prejuízo vultoso ocorrerá para todos os envolvidos. Estamos falando de cifras astronômicas. Para se ter uma idéia, o piloto espanhol Fernando Alonso ao rescindir contrato com a Mac Laren em 2008 tirou da escuderia inglesa o patrocínio de um banco espanhol de cerca de 200 milhões de euros. Certamente que esse dinheiro fez falta à Mac Laren. Sobretudo, num momento de crise global.


Na sexta- feira (12/6), será decidido! A FOTA diz que poderá organizar um campeonato sem a Williams e a Force India (suspensas). O jornal espanhol “AS” publicou que dois espanhóis, Jesus Pareja que organizou campeonato de Grand Turismo e F-3, e Jaime Alguersuari, que organizou o Rali Dacar seriam candidatos a “ chefão da nova categoria”. Mas nada disso publicado é oficial.


A marca Formula 1 é de Bernie Eclestone. Assim, se a cisão ocorrer muito dinheiro deixará de ser ganho. Contratos de patrocínios terão que ser revistos. Contratos de organização dos GPs  terão que ser desfeitos...


Enfim,penso que será melhor as partes chegarem a uma conclusão de que o melhor é “deixar como está”, com singelas concessões recíprocas. Por uma questão de custo-benefício.


Sexta-feira em Paris será o dia “D”. Vamos aguardar.

 

(*Itamar de Souza Novaes é colaborador da seção PAPO DE ARQUIBANCADA para assuntos de F1 - inovaegot@hotmail.com)













 

Por Itamar Novaes (*)

 

Costuma-se dizer na Formula Um que para ser campeão não basta ter um ótimo carro. É preciso além do ótimo equipamento, um ótimo piloto. Mas acima de tudo que esse piloto tenha também, digamos, um pouco de sorte. Ou “estrela” com preferem dizer alguns. Essa “boa sorte” ou “estrela” deverá vir a tona nos momentos em que o “escolhido” passar por dificuldades.

 

Button (foto) provou neste domingo ter todos esses atributos. Largou em segundo e por um erro de Vettel, o pole, logo na primeira volta recuperou o primeiro lugar fácil, fácil. Conduziu bem até o final sendo por poucas voltas ameaçado pelo jovem piloto alemão,que também se mostra como nova estrela da categoria.

 

Button, ontem ultrapassou duas legendas da F1. Keke Rosberg e Gilles Villenueve que venceram menos que ele na categoriaNão é exagero dizer que o inglês é o virtual campeão da temporada.

 

Os brasileiros foram abaixo do esperado mais uma vez. Rubinho até poderia ter levado o Brasil a centésima vitória na F1.Mas largou mal. Muito mal. Que, ao que parece(só pode ser isso, não há outra explicação!) teve um problema técnico ao tracionar o carro na largada. Depois descobriu-se que ele perdeu a sétima marcha. Mas será que foi somente isso? Não sei... Por fim, acabou abandonando a 15 voltas do final.

 

Barrichelo está escrevendo sua autobiografia. Gostaria muito de saber, num parágrafo apenas, como ele descreveria a largada de ontem e o que de fato ocorreu.

 

As Ferraris ficaram muito abaixo da expectativa, de novo. Havia até certa esperança de um resultado melhor, pela posição alcançada por Raikkonen no sábado. Mas foi outro fiasco. Massa que sempre teve ótimos resultados na Turquia terminou em sexto lugar. Ultrapassando Raikkonen na briga interna. O filandês terminou em nono lugar.

 

Mas pior ainda está a MacLaren. Se no sábado Hamilton conseguiu apenas o décimo sexto lugar, no domingo se esperava um resultado um pouco menos ruim. Mas não foi assim. O campeão do mundo terminou em décimo terceiro e Kovalainen em décimo quarto. Pra esquecer!

 

Dentre os brazukas, Nelsinho proporcionou um dos melhores momentos da corrida. Após fazer sua troca de pneus Hamilton disputou posição com Nelsinho. Que de forma arrojada e com muita personalidade brigou pela posição com o inglês. Da disputa os dois carros se tocaram e Nelsinho lembrando o seu pai num GP da Hungria no qual brigou com Senna pela posição, deu um “xis” no inglês ganhando a parada. Muito bom para o brasileiro ganhar moral nesse momento difícil de sua carreira e para a escuderia Renault.Terminou em décimo sexto.

 

O outro piloto da Renault, Fernado Alonso também não teve um dia feliz. Aliás, não tem há muito tempo.Fez uma corrida burocrática para chegar entre os dez. E chegou em décimo.Nada de especial.Sem chance alguma de algo melhor.

 

Assim foi o GP da Turquia. Button se vê cada vez mais próximo da consagração. E os outros correm atrás tentando adiar a festa.

(*Itamar de Souza Novaes é colaborador da seção PAPO DE ARQUIBANCADA para assuntos de F1 - inovaegot@hotmail.com)