Na reta final do Paulistão, o time da baixada santista, que só conseguiu classificação pras semifinais na última rodada, não deve ser desprezado. O Peixe pode surpreender pelo técnico Vagner Mancini, aquele que foi dispensado pelo Grêmio sem perder nenhuma partida e que no Peixe tem mostrado talento e ousadia. Foi por suas mãos que o garoto Neimar, autor de um dos gols contra o Verdão, foi feito titular com apenas 17 anos, coisa que técnico brasileiro, por insegurança, evita, alegando que, craque ou não, titular tem de ter experiência. Neste momento, na minha modesta opinião, Mancini é o técnico mais perigoso das semifinais paulistas. Senão, vejamos:
Verdão - Excelente técnico, Vanderlei Luxemburgo sempre peca pela vaidade e pelo excesso de autoconfiança que o faz exagerar nos riscos deixando a prudência de lado nas horas decisivas. O que pode por tudo a perder depois de terminar a fase de pontos corridos como líder.
Tricolor - O que sobra em Luxemburgo, falta em Muricy Ramalho que desde que voltou ao São Paulo só se dá bem na hora dos pontos corridos em que vitória “por meio a zero” como ele mesmo costuma dizer vale a pontuação. Na hora da decisão, vacila, não arrisca, como já aconteceu em recentes semifinais de Libertadores e do próprio Paulistão no ano passado. E como aconteceu hoje, quando trocou seis por meia dúzia em suas substituições e só mexeu no ataque no finalzinho do jogo trocando Dagoberto por Washington, o que em quase nada altera o esquema tático.
Timão - Mano Menezes ainda não provou ser técnico de ponta. Tem sido simplesmente o cara que está no lugar certo na hora certa. Entrou no time depois de uma séria crise e vem se dando bem. Mas qualquer um que tenha bom senso e entenda um pouco de futebol não deve acreditar que o Corínthians, com a tradição e a força de sua torcida, não teria sido campeão da segunda divisão do Brasileirão no ano passado sem o Mano. No clássico de hoje, por exemplo, tirou Elias, que vinha sendo o melhor do Timão. Seu time levou a melhor num chute de Crhistian, nos acréscimos, vitória que nada deve ao seu esquema tático.
E cá entre nós, no dia de Páscoa, gol salvador de um cara chamado Crhistian... tudo a ver, né? (Com colaboração de Joe William)