(Itamar Novaes, em colaboração exclusiva ao PAPO DE ARQUIBANCADA)
O Grande Prêmio da Espanha é sempre marcado por certa previsibilidade. A largada é fundamental para a classificação final. E ontem não foi diferente.
Apesar da evolução da Ferrari, outra vez, um erro da equipe sepultou as chances de Felipe Massa de finalmente subir ao podium. Devido às reiteradas falhas da equipe Ferrari, já no treino de sábado, Raikkonen foi prejudicado pela equipe que julgou que o tempo que o finlandês tinha alcançado, na segunda etapa do treino, seria suficiente para levá-lo à terceira etapa de classificação. Ledo engano. O “Homem de Gelo” teve que se contentar em largar em 16º.E lá se vai mais de um ano sem vencer...
Na corrida de ontem, para Massa e Barrichelo a largada foi excelente.Melhor do que ambos esperavam.Barrichelo foi para a ponta logo na primeira volta e Massa ultrapassou o ótimo Sebastian Vettel da STR.Parecia que, finalmente, um brasileiro iria cravar a centésima vitória brazuca na história da Formula Um. Entretanto, outra vez, na última parte da corrida, a vitória escapou das mãos dos brasileiros. Barrichelo, que tinha chances reais de vencer, foi surpreendido pela mudança de estratégia da direção da equipe. Que possibilitou ao seu companheiro Jenson Button fazer uma parada a menos o que tirou toda a vantagem que Rubinho conquistou na pista, em favor do britânico, que venceu pela quarta vez na temporada. Barrichelo, em entrevista ao término do GP, se mostrou conformado. Mas esse filme de Rubinho ser preterido pela equipe todo mundo já viu... E sabe que o final não é feliz para o brasileiro.
Por sua vez Massa fez o que pôde para leva seu carro até o podium. Mas faltando cerca de dez voltas para o final, a incompetência ferrarista se manifestou de novo. Por um erro de cálculo (os engenheiros da Ferrari eram melhores na época do Schumacher!) sobre o consumo de combustível ao acionar o ‘kers” Massa teve que ser obrigado nas ultimas voltas a diminuir o consumo do carro. O que levou Vettel e Alonso a o ultrapassarem. Por conta da “obrigação” de ter que ecomomizar combustível para se manter na pista, terminou a corrida somente um segundo à frente de Heidfeld. Talves não seja precipitado dizer que nessa semana cabeças poderão rolar em Maranello.
Por fim, o brasileiro Nelsinho Piquet terminou como largou. Em 12º lugar. Pelo menos dessa vez não abandonou ou errou. Nelsinho está sob grande pressão. Há rumores que em seu contrato renovado a duras penas no ano passado, há uma cláusula de desempenho. Se ele não melhorar poderá ser substituído no meio da temporada.
Fernando Alonso, que largou com pouco combustível e teve sua estratégia comprometida pela entrada do safety car no inicio da prova, fez uma corrida apenas burocrática. Tendo apenas proporcionado momento de emoção para seus torcedores, quando após fazer um de seus "pit-stops" disputou posição com Lewis Hamilton. Que perdeu a posição para o espanhol. A Renault, das equipes grandes é a que menos,por hora, demonstra evoluir.
Hamilton, mais uma vez, foi muito melhor que seu companheiro Heikke Kovalainen. O circuito da Catalunha definitivamente não favorece à MacLaren. Hamilton levou o carro no braço. Mesmo não pontuando, chegou em nono lugar. Era o melhor que podia fazer nesses tempos de vacas magras para a MacLaren.
Assim foi o Grande Premio da Espanha de 2009. Que teve como pontos altos as disputas entre Webber e Alonso, logo no inicio. E Vettel e Massa. Além de Weber e Raikkonen. No mais foi sem muitas emoções. E mais uma frustração dos torcedores brasileiros que depositavam muitas esperanças em Massa e Rubinho.