Papo de Arquibancada




Por Itamar Novaes (*)


O jornal espanhol "AS" noticiou ontem que o piloto espanhol Fernando Alonso poderá ser apresentado como piloto da equipe Ferrari para a temporada de 2010, ainda neste ano. O anúncio poderá ser dado já na véspera do GP da Itália. Dia 11 para ser mais exato. O piloto da Renault tem contrato com a escuderia francesa até 31 de dezembro deste na. Segundo o jornal, a Ferrari ainda tem dúvidas sobre quem dispensar dos atuais pilotos. Na mesma informação consta que o asturiano fará um contrato de cinco anos com a equipe italiana. E levaria consigo o patrocínio de um grande banco espanhol. É aguardar pra ver. Não obstante a isso, Kimi Raikkonen, que se mostra  muito desinteressado segundo alguns críticos, se inscreveu para uma etapa do Mundial de Rally. Parece ser ele o menos interessado em correr pela equipe do cavalinho rampante ano que vem. Talvez essa indisposição do finlandês ajude a casa de Maranello a decidir sobre a dupla para 201. Se as informações se confirmarem.


Quanto à crise na F1, nos bastidores informações dão conta de que Max Mosley, presidente da FIA e desafeto das equipes, cogita apoiar Jean Todt (ex-Ferrari) para ser seu sucessor numa eleição. E Bernie Eclestone, que tem lutado nos bastidores para efetivar um acordo entre FIA e FOTA, tem tido êxito em desarmar o clima hostil instalado. Progressos poderão ocorrer. Sobretudo na questão do teto orçamentário para as equipes, que parece, não vai prevalecer. Não é nada oficial, mas os dois lados poderão chegar a um acordo, em breve. A questão envolve vaidades, dinheiro (óbvio!), mas, sobretudo, uma antipatia declarada dos chefes das equipes ao autoritarismo de Max Mosley. Esse é o ponto crucial da disputa. E Bernie Eclestone entrou na disputa como “mediador”. Tem se saído bem!


Apesar de todo o clima instável dos bastidores, a equipe Campos (Campos-Dallara) que estreará em 2010, anunciou que tem 40 engenheiros trabalhando em seu projeto. A meta e ter 80. (precisa tanto?). Disseram que não farão uso do KERS.Estaremos na expectativa.


Por sua vez a Ferrari informou que vai abandonar o Projeto do F-60. Pior para Massa e Raikkonen que não terão muitas chances de resultados melhores até o fim da atual temporada. A equipe italiana vai concentrar esforços para o carro de 2010. Talvez com Alonso num dos cockpit.
 

(*Itamar de Souza Novaes é colaborador da seção PAPO DE ARQUIBANCADA para assuntos de F1 - inovaegot@hotmail.com)











A Espanha venceu no sufoco, só na prorrogação, por 3 a 2, e ficou como a terceira melhor seleção na Copa das Confederações neste domingo. Mas a seleção da África do Sul comandada por Joel Santana surpreendeu num jogo eletrizante. E o técnico está virando celebridade. O jornalista Tutty Vasques, em artigo publicado neste fim de semana no Estadão, compara, de forma brilhante, que o treinador está virando uma espécie de Lula do futebol: "diz as maiores maluquices, agora em dois idiomas, e todo mundo acha o maior barato". Conforme Tutty, "Joel Natalino Santana, assim como o presidente da República, tem esse poder de fazer soar genial o que dito pelo Dunga ou pelo Hugo Chávez pareceria pura estupidez". São frases como:


- "Eu não tenho currículo, tenho testamento" – ooooohhhh!


- "Meu time não olha para trás, só olha para frente" - uau!


- “Decidi privatizar a disciplina” – cacilda!


- “Bufana Bufana play match very good!” – é mole?!


Vale a pena conferir a íntegra do artigo "De perto ninguém é comum" de Tutty Vasques publicado neste domingo na coluna Ambulatório da Notícia no caderno Aliás do Estadão:
 

Uma dúvida cruel tem tirado o sono de Lula: Joel Santana é uma pessoa comum? Desde que criou o conceito de improviso para incluir José Sarney fora dessa, o presidente anda bastante confuso a respeito. Que diabos, afinal, é uma pessoa comum? – tem se perguntado com frequência. Nelson Mandela comentou qualquer coisa na terça-feira sobre o “rosto familiar” do Joel, mas não é o nariz batatudo, a bochecha caída ou a testa amarrotada o que faz do técnico carioca um sujeito mais ou menos igual a todo mundo nos dois lados do Atlântico abaixo da linha do Equador. Talvez o que faça de Joel um cara incomum seja justamente esta sua incrível capacidade de parecer comum em qualquer lugar do planeta.

 

O atual treinador da Seleção da África do Sul está virando uma espécie de Lula do futebol: diz as maiores maluquices, agora em dois idiomas, e todo mundo acha o maior barato. Joel Natalino Santana, assim como o presidente da República, tem esse poder de fazer soar genial o que dito pelo Dunga ou pelo Hugo Chávez pareceria pura estupidez. “Eu não tenho currículo, tenho testamento” – ooooohhhh! “Meu time não olha para trás, só olha para frente” - uau! “Decidi privatizar a disciplina” – cacilda! “Bufana Bufana play match very good!” – é mole?!

 

Trata-se de um raro espécime de brasileiro básico bem sucedido, claro que nem tanto quanto o presidente Lula - taí o Barack Obama que não me deixa mentir quando se desmancha em elogios ao “cara”. Se bem que, até a semana passada, quando os EUA ainda não eram o país do futebol, seu presidente nunca tinha ouvido falar em Joel Santana. E já deve estar se perguntando se é comum esse tipo de cara no Brasil. Difícil explicar, né?!