Papo de Arquibancada
















A estátua em bronze de um dos mais importantes personagens da história do futebol brasileiro, o jornalista esportivo e ex-técnico do Botafogo e da Seleção Brasileira, João Saldanha, foi inaugurada é o mais novo destaque da Calçada da Fama do Maracanã. Esculpida pelo pelo campo-grandense Ique (cartunista do Jornal do Brasil e da TV Globo), a obra foi inaugurada ontem pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A foto acima que me foi enviada por meu colega e amigo  Ique está sendo publicada pela primeira vez aqui no Blog. Nela, o botafoguense Ique, com o filho que também se chama João, abaixado na frente da escultura de João Saldanha, ao lado de familiares do homenageado. Do lado direito, Lula e o ex-presidente do Botafogo Bebeto de Freitas. À esquerda, o governador Cabral ao lado do jornalista carioca andré iki Siqueira, vascaíno, autor do livro "João Saldanha, uma vida em jogo" e co-diretor do documentário "João", longametragem sobre a vida de Saldanha a ser lançado em breve, idealizador do projeto de homenagear o ex-técnico com uma estátua histórico estádio do Maracanã.

 

Leia, abaixo, o que escreveu o jornalista Rafael Gonzalez, no JB:


"A homenagem em forma de estátua erguida na calçada da fama do Maracanã está à altura dos grandes feitos de João Saldanha, ícone do jornalismo e do futebol brasileiro. À altura, literalmente, já que o escultor e cartunista Ique a projetou em tamanho real. O preito ao ex-técnico da Seleção Brasileira se completa ainda com o lançamento do livro “João Saldanha, uma vida em jogo”, de André Iki Siqueira, e do documentário “João”, que será lançado em breve. As feições e a posição da estátua foram trabalhadas a partir de uma charge de Ique publicada neste JB no dia seguinte à morte de Saldanha, em 12 de julho de 1990. O escultor ainda criou 10 estatuetas em miniatura. Uma delas foi entregue ao presidente Lula no momento da inauguração.


Como jornalista, João cobriu a segunda Guerra Mundial e a Grande Marcha de Mao Tsé-Tung. Foi também jogador de futebol, defendendo o Botafogo, clube do coração. Como técnico, dirigiu o alvinegro e sagrou-se campeão carioca em 1957. Doze anos depois, chegou ao posto de treinador da Seleção à convite do presidente da CBD (atual CBF), João Havelange. Deixou o cargo às vésperas da Copa de 70 devido a um desentendimento com o então presidente da República, general Médici. Ao ver a escalação do time ser questionada pelo chefe de Estado, Saldanha soltou uma frase que lhe custou o cargo, mas o consagrou como personalidade.


- 'Eu também tenho algumas sugestões a dar nas escolhas do Presidente para o Ministério'."