Papo de Arquibancada








Agora é oficial. O site do Flamengo anunciou "Ronaldinho Gaúcho, o melhor no maior do mundo!", pondo fim a novela do leilão que envolveu Grêmio e Palmeiras e acabou com Patrícia Amorim batendo o martelo rubro-negro, depois de reunião com o irmão e empresário do jogador, Assis, e com Adriano Galliani, vice-presidente do Milan na noite anterior. "O Flamengo tem de ser grande. Em cada modalidade nós temos um grande ídolo, faltava o futebol, que é o nosso carro-chefe. O Flamengo pode comemorar, o Ronaldinho Gaúcho é nosso", disse a presidente do clube, que convocou a torcida para comemorar nesta terça-feira: "Amanhã quero todo mundo na rua com a camisa rubro-negra".  O contrato é de três anos e meio e vai até a época da Copa do Mundo do Brasil. Conforme o site LanceNet, o Flamengo pagará ao Milan cerca de três milhões de euros (R$ 6,5 milhões) como compensação financeira por liberação do jogador antes de vencer o contrato que iria até o meio deste ano. Os salários do atacante giram em torno de R$ 1,2 milhões por mês e serão pagos em parceria com a Traffic e a Olympikus. Além de Ronaldinho que volta a jogar no Brasil depois de uma década na Europa, o Flamengo contratou para a atual temporada o goleiro Felipe (ex-Corinthians), os meias Darío Bottinelli (argentino que veio do Universidad Católica de Chile) e Vander (ex-Bahia) e o atacante Wanderley (ex-Cruzeiro, que estava no Grêmio Prudente). E o meia Thiago Neves, que já o ok do Al Hilal, da Arábia Saudita, deve ser anunciado nesta terça-feira.









– "No Rio Grande do Sul, a palavra e o fio do gigode valem mais do que um contrato" - afirmou o deputado estadual gaúcho Gilmar Sossella (esq.), do PDT, ao anunciar neste sábado que vai apresentar na segunda-feira proposta de moção de "persona non grata" na Assembleia do Rio Grande do Sul para Ronaldinho Gaúcho (dir.). O anuncio foi feito após o presidente do Grêmio anunciar que desistiu do leilão promovido pelo jogador e por seu irmão e empresário Assis, que negocia com vários clubes a volta do meia-atacante ao Brasil.  O brizolista considera que uma vez passa, duas é demais. A torcida do Grêmio também e fez ato de protesto hoje em Porto Alegre gritando "mercenário, mercenário..." e chamando os irmãos de "traíras".

Em 2001, quando deixou o Grêmio pelos milhares de dólares do PSG da França, Ronaldinho travou uma batalha judicial e conseguiu que, sob ameaça da Fifa, o clube gaúcho, que o revelou, o liberasse por quantia irrisória. Agora, uma década depois, Ronaldinho e o irmão levaram nas últimas semanas dirigentes do Grêmio, Flamengo e Palmeiras a darem declarações à imprensa dizendo que a ida do jogador para um desses três clubes estava "quase" fechada, provocando expectativa de torcedores e, consequentemente, valorizando o jogador. 

Cansado da festa dos irmãos, o presidente do Grêmio, Paulo Odone, disse chega hoje. E até sugeriu que a dupla procurasse o Corinthians e outros clubes para aumentar ainda mais os lances do leilão. Mesmo assim, Assis não se fez de rogado. Para limpar a barra com a torcida gremista, deu entrevista nesta tarde ao jornalista David Coimbra, editor de esportes do jornal gaúcho "Zero Hora", dizendo que nada ainda foi fechado com o Flamengo. Jogou a bola da responsabilidade para o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani. Disse que embora  o milanês tenha declarado que seu irmão está "99,99%" na Gávea, nada havia sido acertado com ele e o irmão. Ou seja, ainda falta o capítulo final.