Por Joe William (*)
Sem nunca ter conseguido um bom trabalho em longo prazo em sua carreira de treinador, Emerson Leão sempre foi conhecido por seu modo autoritário de comandar e nunca teve como um forte a parte tática.
Na atual passagem pelo Morumbi conseguiu apenas uma vitória em seis jogos, e não muito diferente de Adilson Batista, seu antecessor, tem feito improvisações inexplicáveis, que em nada tendem a ajudar um time em fase já tão ruim.
Desde que chegou, Leão tem escalado o lentíssimo médio-volante Cícero, na ala-esquerda, no seu favorito 3-5-2 e ontem, na lateral esquerda, como um defensor mesmo, na linha de quatro, deixando no banco Juan e Henrique Miranda, ambos da posição de ofício.
Na quarta-feira, na derrota para o Atlético-PR, Leão, que já não contava com Luis Fabiano suspenso, colocou no banco de reservas o melhor jogador do clube na temporada, Dagoberto, que também não fez nenhuma questão de jogar na Arena da Baixada, pela hostilidade em que é recebido pela torcida do clube que o revelou.
Uma boa saída para Juvenal Juvêncio seria contratar um novo comandante para o ano que vem, mas sem demitir Leão.
Como na Europa, onde dois “treinadores” trabalham em conjunto: o “manager”, que possui uma função mais administrativa e cuida da parte estratégica e tática do time, e o “coach”, que poderia ser a nova função de Leão, que dá treinos mais específicos, de fundamentos, além de possuir um papel de motivador para elenco.
A dúvida é se Leão aceitaria essa espécie de “rebaixamento” no clube, para se tornar uma espécie de auxiliar do treinador principal.
(* Articulista do PAPO DE ARQUIBANCADA)