Papo de Arquibancada










As torcidas organizadas Mancha Alviverde, do Palmeiras, e Gaviões da Fiel, do Corinthians, estão proibidas de entrar nos estádios de São Paulo por tempo indeterminado. A decisão foi tomada hoje pela Federação Paulista de Futebol (FPF) a pedido da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância por causa do confronto de duas gangues das chamadas torcidas, antes do clássico entre os clubes no dia anterior, que provocou a morte do torcedor palmeirense André Alves Lezo (foto), de 21 anos. Seis torcedores feridos na briga foram hospitalizados. Um deles, de 19 anos, está internado em estado grave na UTI do Hospital de Vila Cachoeirinha, em SP. Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, disse que a proibição vigora até os fatos serem apurados e os responsáveis punidos. As gangues se desafiam e marcam confrontos por redes sociais da internet. Ou seja, não são torcedores que querem ver jogo. São marginais querendo brigar. 

DUAS MORTES EM 10 DIAS É a segunda morte em guerra de torcidas em pouco mais de uma semana. Há dez dias, confronto de ditos torcedores do Guarani e da Ponte Preta, em Campinas (SP) resultou na morte de Anderson Ferreira, de 28 anos, torcedor do Bugre, que foi espancado com barras de ferro e de madeira em frente ao Estádio Brinco de Ouro e faleceu três dias depois.  O ex-jogador César Sampaio, gerente de Futebol do Palmeiras, não acredita que proibir a entrada de torcidas nos estádios é solução, já que os brigões se enfrentam nas ruas. Está certo. Falta o poder público tomar atitude mais rígida para acabar de vez com o banditismo disfarçado de torcida que, na verdade, só afasta os verdadeiros torcedores dos estádios. (Foto Facebook/Reprodução)