Joe William (*)
Bem ao estilo copeiro de Felipão, na base da raça, do contra-ataque, das jogadas áreas e da bola parada, o Palmeiras finalmente quebrou o longo jejum de títulos importantes e venceu a Copa do Brasil sobre o bi-vice Coritiba. Mais um grande feito na carreira de Luis Felipe Scolari que a três anos no comando do clube vem tirando leite de pedra com o elenco que tem em mãos.
É um troféu de ressurreição para o Palmeiras, que desde a última grande conquista, a Libertadores de 1999, amargou inúmeros fracassos, inclusive um rebaixamento para a segunda divisão e viu seus grandes rivais conquistando títulos brasileiros, continentais e mundiais.
A chegada do ex-volante Cesar Sampaio no fim do ano passado para assumir a gerência de futebol do clube, que, entre outras funções, teria de intermediar as até então sempre conturbadas relações entre elenco, comissão técnica e diretoria, foi um marco no atual momento palmeirense.
As inumeráveis crises internas diminuiriam drasticamente de lá para cá e os resultados começaram a aparecer já em 2011 quando o time ficou sem perder nas últimas cinco rodadas do Brasileiro eliminando de vez o exíguo risco de rebaixamento que existia.
Desde que voltou ao clube, em 2010, Felipão (sendo "comemorado" na foto), enfim, teve paz para trabalhar. Foi buscar alguns reforços pontuais para moldar seu time e, sem grandes destaques individuais, acabou conquistando o segundo título da história palmeirense da Copa do Brasil. E, nada mal, a vaga na Libertadores de 2013.
Felipão recoloca o Palmeiras no topo do futebol nacional e dá uma nova guinada em sua carreira. E ele já afirmou que pretende sair após o término de seu contrato no fim do ano para assumir alguma seleção à disputar a Copa de 2014 no Brasil, para, então, enfim, encerrar a carreira.
É bom Mano Menezes abrir o olho...
(*Articulista do PAPO DE ARQUIBANCADA)