Papo de Arquibancada


Por Joe William (*)

 
Como uma atuação previsível a Seleção Brasileira estreou hoje nas Olimpíadas vencendo o Egito por 3 a 2. Sob a batuta de Oscar, mais uma vez o melhor em campo, o time da CBF abriu 3 a 0 no primeiro tempo com gols de Rafael, Leandro Damião e Neymar, e apesar de sofrer alguns sustos já na primeira etapa deixou a impressão de que a goleada seria consumada no segundo tempo. Não foi o que aconteceu.
 
O aguerrido time dos "faraós" reagiu se aproveitando da fragilidade do sistema defensivo brasileiro e por muito pouco não conseguiu um empate heróico. Os seis gols sofridos contra México e Argentina nos últimos amistosos já havia evidenciado a inaptidão do zagueiro Juan para vestir a amarelinha. 
 
E ao invés de optar por um nome de mais segurança na zaga Mano preferiu levar o bom atacante Hulk, por sua "força no ataque" de acordo com o treinador, que apesar de importante poderia tranquilamente ter sido preterido por Lucas, que fica na reserva, e Bernard, que sequer foi chamado.
 
E se o Brasil não foi tão bem na estreia, as outras favoritas aos títulos foram ainda piores nesta primeira rodada.
 
O Uruguai de Luis Suárez e Cavani penou para conseguir a virada contra os Emirados Árabes Unidos e vencer por 2 a 1, pelo grupo a. Na mesma chave a anfitriã Grã-Bretanha ficou no empate em 1 a 1 com Senegal.
 
No grupo B, o mais equilibrado, o México decepcionou ao ficar apenas no empate sem gols contra a Coréia do Sul, enquanto Suiça e Gabão ficaram no 1 a 1.
 
A grande decepção da rodada foi a Espanha que perdeu por 1 a 0 para o Japão. Resultado que saiu barato para a Fúria, pelo desencadear do jogo. A chave encabeçada pelos espanhóis conta ainda com Marrocos e Honduras que empataram em 1 a 1.
 
(*Articulista do PAPO DE ARQUIBANCADA)




 

Por Joe William (*)
 
Desfalcado, o São Paulo segue como a grande incógnita do Brasileirão. Nesta quarta-feira foi para o intervalo sendo goleado por 4 a 1 pelo lanterna e virtual rebaixado Atlético Goianiense (foto). E, apesar de esboçar reação na etapa final, diminuindo para 4 a 3, não conseguiu evitar a derrota e o vexame. Contusões, suspensões, vendas, Olimpíadas... O time está esfacelado e Ney Franco é obrigado a colocar promessas na fogueira, pela falta de opções.
 
Com Luis Fabiano bem fisicamente e Lucas permanecendo, as chances de brigar ao menos por vaga na Libertadores e pelo título da Copa Sul-Americana são reais. Os próximos tempos do Tricolor passam, essencialmente, pela decisão que Juvenal Juvêncio tomará sobre negociar, ou não, Lucas. A princípio o presidente recusou proposta do Manchester United na casa dos 30 milhões de euros, quantia que pode aumentar, caso os ingleses voltem com provável nova investida.
 
Sob a batuta de Leão nos meses anteriores, o craque de 19 anos, ao contrário do que se esperava, não conseguiu evoluir. Agora com Ney Franco a tendência é justamente que ele consiga ascender de patamar e brilhar no Tricolor por mais um ou dois anos para, aí sim, seguir para a Europa. Para as finanças do clube, pode ser um risco não liberar o jogador agora pelas quantias estratosféricas ofertadas. Mas, pelo lado esportivo, vender seu melhor jogador neste momento seria fadar o clube a permanecer na fase de promessas à espera de que uma espécie de milagre faça o grande clube, que anda vai não vai, ressuscitar.
 
(*Articulista do PAPO DE ARQUIBANCADA)