O empate do São Paulo e Inter nesta noite de quarta-feira não deixou nem o senador Delcídio do Amaral (PT), nem o deputado licenciado Carlos Marun (PMDB) contar vantagem nas redes sociais. E olha que o gaúcho chegou a pedir desculpas aos amigos flamenguistas para dar seu grito de guerra em vídeo no Facebook no fim de semana. Cá entre nós, que nenhum deles nos leia, seu colega engenheiro Jary Castro, presidente do Crea-MS, ficou rubro e não achou graça nenhuma no tal grito. Dizem, inclusive, que anda fazendo cálculos de engenharia até hoje para culpar a arbitragem por mais esse fiasco.
Seguindo a tradição, Marun, entre um gole e outro de chimarrão, pode até gargantear que o empate foi em pleno Morumbi... tchê. Porém, nada que deva incomodar ou fazer o corumbaense Delcídio dizer vôti. Afinal, diante de um clube que nos últimos anos inicia as temporadas provando no papel que montou o melhor time do país e no final sofre pra comemorar quando ganha no sufoco um estadual, a garganta só funciona pra contar vantagem em um jogo atípico na temporada, tipo uma eventual vitória em GreNal ou goleada no Flamengo da nadadora Patrícia. Ou... nada nada, algo do tipo.
E da parte do tricolor [paulista digo, não o gaúcho que, cá entre nós, não tem nenhum torcedor relevante no cenário político local, embora exista comerciante, tão garganta quanto os rivais colorados, que possa tentar dar uma de heroi do sertão e querer alegar o contrário; embora isso seria, como diria qualquer frequentador de CTG, uma barbaridade] com "sêo" Juvenal tentando manter viva a escola de Havelanchão e de seu pupilo Ricardo Teixeira, estilo samba do galego agarrado - "daqui não saio, daqui ninguém me tira"... também não tem nada o que se vangloriar. E Delcídio nem tentou. Resumiu o tal 1 a 1 no Twitter esbanjando o inglês... "No comments." Vôti!
Enquanto isso, o Atlético Mineiro (que além do jornalista Ariosto Mesquita, tem mais ou menos uma meia dúzia de torcedores em Campo Grande que fazem a alegria em dia de jogo no chamado "bar do Galo") continua no poleiro da liderança por pura sorte. Depois de não vencer um jogo sequer há quatro rodadas (ficou no empate sem gols nesta noite anterior contra o "poderoso" Bahia), O Galo mineiro sente o gosto da quirera tradicional que no Brasileirão de pontos corridos virou quase um tabu: quem se dá bem na primeira fase, no segundo turno parece perder o fôlego. Ou seja, se manter a tradição, como promete até agora, vai ter frango no espeto na reta final.
Por falar em garganta, quireras, poleiros e galináceos, o [até que um dia] campeão das Américas, foi derrotado pelo virtualmente "rebaixado no primeiro turno" Figueirense. O novo tropeço do Corinthians deixou afônico Geraldo Resende (PMDB). O deputado que adora escrever sobre os feitos de seu time no Twitter, não digitou uma letra sequer sobre o assunto: ou seja, sobraram todos os 140 caracteres.
Como a estiagem persiste no Centro Oeste tanto em Brasília como em Dourados, o corintiano Geraldo pode até tentar alegar que está afônico e não podia dizer nada. Porém, não faltou voz nos dedos pra ele digitar queixas sobre vagas da UFGD que adversários estariam alegando "paternidade". Mais um dos famigerados episódios da velha série intitulada... "Flho bonito deixa que eu cuido, mas se for feinho vamos pedir DNA". Em seu programa, o Tatá diz que está à disposição pra fazer o tal teste.
O duro é se o teste no programa do Tatá vier a revelar que o verdadeiro pai das tais crias de vagas na universidade deferal dourandense é... a Dilma!!!? Pensa.... Pode até provocar trauma e lágrimas no botafoguense que, no jogo político exibido na TV em Campo Grande manda perguntar à dona Eva, filiada de seu partido, que trabalha em seu escritório, se ela sabe que tem DNA dele na Via Morena. E ela, veja que coisa, diz que não, e só então... tcham-tcham-tcham-tcham toma ciência de tal fato diante do atestado escrito pelo marqueteiro no teleprompter. Por essa, nem o Tatá esperaria.
Por falar em botafoguenses, quem deve ter ficado todo feliz no início da rodada do Brasileirão na noite anterior, acredita-se que seja o deputado Fábio Trad. Seu Fogão abateu o Cruzeiro por 3 a 1, na casa da Raposa. E ainda por cima com dois gols de Seedorf, que levantou a moral dele próprio e do time. Mas, como o deputado sofr... ops, torcedor, sabe que a equipe da estrela solitária, como a maioria dos concorrentes, anda vivendo de altos e baixos no Brasileirão, nem uma letra sequer escreveu nas redes sociais sobre essa conversa de futebol.
Pai coruja, preferiu saudar o Fabinho filho pela medalha de ouro no concurso de oratória da UCDB. "Puxou o avô", escreveu no Twitter o deputado, em alusão a outro botafoguense que, além de bom orador, sabia ficar calado quando a solitária estrela do time do coração entrava em determinadas temporadas piscando mais do que semáforo de Campo Grande em dia de chuva. Nessas horas, é melhor ficar calado e prestar muita atenção, bem diria o saudoso Nelsão.