Papo de Arquibancada









Por Joe William (*)

 
Com cinco campeões brasileiros do Fluminense, o técnico da Seleção Brasileira Mano Menezes divulgou hoje a convocação para a decisão do Superclássico das Américas, contra a Argentina, no dia 21 de novembro na Bombonera, em Buenos Aires, só com atletas que atuam nos dois países. Ainda vivos na disputa da Copa Sulamericana, São Paulo e Grêmio não tiveram nenhum jogador chamado. Os destaques ficam por conta do sul-mato-grossense Jean (foto), chamado pela primeira vez à Seleção, além de Fred e Diego Cavalieri que, enfim, foram invocados por Mano.
 
O volante campo-grandense de 26 anos é a grata surpresa da lista. Depois de injustiçado no São Paulo (leia aqui), onde foi campeão brasileiro em 2008, mas acabou saindo queimado com a torcida no fim do ano passado, Jean reencontrou o bom futebol no Tricolor do Rio sendo um dos pilares na conquista do título nacional conquistado no último domingo. Apesar de ser um dos melhores em sua posição entre os que atuam no Brasil, a concorrência dos que jogam na Europa dificilmente lhe permitirá um novo chamado à Seleção.
 
Atendendo ao clamor de torcedores e imprensa, Mano, finalmente, voltou a convocar o atacante Fred, artilheiro e melhor jogador do Brasileirão ao lado de Ronaldinho Gaúcho, que, há tempos, reclamava, merecidamente, nova oportunidade. Outro que há meses têm atuado em altíssimo nível e não vinha sendo lembrado é Diego Cavalieri, disparado o melhor goleiro no país em 2012.
 
Veja a lista completa:
 
Goleiros: Diego Cavalieri (Fluminense) e Jefferson (Botafogo)
 
Zagueiros: Durval (Santos), Leonardo Silva e Réver (ambos do Atlético-MG)
 
Laterais: Carlinhos (Fluminense), Fábio Santos (Corinthians), Lucas Marques (Botafogo) e Marcos Rocha (Atlético-MG)
 
Volantes: Arouca (Santos), Jean (Fluminense), Paulinho e Ralf (ambos do Corinthians)
 
Meias: Bernard (Atlético-MG), Fellype Gabriel (Botafogo) e Thiago Neves (Fluminense)
 
Atacantes: Fred (Fluminense), Leandro Damião (Internacional) e Neymar (Santos)
 
(*Articulista do Papo de Arquibancada)




Além de arquitetura e engenharia, tem história, rivalidade, torcida e superstição na obra do Itaquerão, o estádio do Corinthians. Quem pisar em campo estará 777 metros acima do nível do mar, em alusão à histórica conquista do Brasileiro de 77 e ao endereço do clube (nº 777 da Rua São Jorge). Para não lembrar a cor do arquirival Palmeiras, vidros internos, externos e da arquibancada serão do tipo "clear vision ultra-white", para não haver risco de esverdear. Curiosamente, estão sendo importados da Itália. Nem a grama queriam verde. Cogitara preta, mas descobriram que o tom mais próximo disso seria o cinza. Mas esse tipo de gramado não teria resistência para suportar jogos de futebol. A saída foi encomendar grama de inverno, verde-escura, que não fica amarelada como de outros estádios. Exige cuidados especiais, mas, em compensação, ao contrário de outras espécies, as raízes são verticais e não se enroscam na trava da chuteira, favorecendo o toque de bola.

 
SOM E IMAGENS DA TORCIDA Para valorizar a torcida, a aerodinâmica da cobertura fará ecoar e amplificar dentro da arena o som das arquibancadas. Foram banidas da programação visual homenagens a atletas. As imagens serão da torcida. Apesar de vir da estação de metrô Artur Alvim, torcedores adversários não poderão ocupar o setor norte, atrás do gol da Radial Leste. Terão que dar a volta e entrar pelo setor sul. Os corintianos não querem ver na plataforma frontal cores rivais. A "customização" não impactou o orçamento. "As parcerias de descontos que o Corinthians fez e as negociações da Odebrecht fizeram [os custos] descer", diz Anibal Coutinho, do escritório Coutinho, Diegues, Cordeiro Arquitetos, responsável pelas obras.
 
(Com informações da FolhaOnline)