O zagueiro Giorgio Chiellini que foi mordido por Luís Suárez considerou pesada e alienante a punição da Fifa que baniu o atacante uruguaio do futebol pelos próximos quatro meses. O italiano que saiu de campo na eliminação da Itália reclamando que a Fifa não iria punir Suárez porque quer as estrelas jogando a Copa, afirmou em comunicado divulgado em seu site e no Twitter: "Agora não há nenhum sentimento de alegria, vingança ou raiva contra Suárez pelo incidente que aconteceu no campo e acabou ali".
"Eu sempre considerei corretas as intervenções disciplinares pelos órgãos competentes, mas ao mesmo tempo eu acredito que a fórmula proposta é excessiva", prosseguiu. Suspenso por nove jogos oficiais, Suárez teve a mais severa punição já aplicada na história das copas. Antes dele, o máximo, foram oito jogos de suspensão ao lateral Mauro Tassoti, no mundial de 94, que quebrou com uma cotovelada o nariz do espanhol Luis Henrique. A mordida fez Suárez perder o patrocínio da 888poker e a Adidas anunciou que apoia a punição da Fifa e dizendo que irá "rever a parceria com Suárez" quando terminar a Copa.
O atacante também foi proibido de continuar acompanhando sua seleção. Chiellini espera que a Fifa reconsidere ao menos essa parte da punição. "Eu sinceramente espero que ele seja permitido, pelo menos, ficar perto de seus companheiros do Uruguai durante os jogos, porque uma punição dessas é realmente alienante para um jogador".