Papo de Arquibancada


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Final de sábado, que ficou para este domingo, foi adiada de novo: horário e local só serão definidos na terça
A final dos sonhos da Libertadores entre River x Boca virou a frustação do século para os amantes do futebol, e escancara o amadorismo e incompetencia da Conmebol. O jogo adiado para este domingo após o ataque ao ônibus do Boca Júniors (veja aqui) para decepção de 60 mil torcedores no estádio, foi adiado de novo hoje quando 15 mil já estavam no Monumental. Ninguém sabe a nova data e local, que só serão definidos, conforme a Conmebol, na próxima terça-feira, em reunião com dirigentes dos clubes.
 
Os problemas na principal competição da América do Sul não são de agora, e na atual edição os clubes brasileiros foram os principais prejudicados:
 
1. O Santos empatou sem gols contra o argentino Independiente, mas foi eliminado por escalação irregular do volante uruguaio Carlos Sanchez. A punição foi justa, mas outros clubes argentinos foram absolvidos nos ultimos anos em situações semelhantes. Claramente, há anos, o tratamento para brasileiros e argentinos na entidade é desigual.
 
2. O River Plate eliminou o Grêmio na semifinal, apesar da presença irregular nos vestiários do técnico Marcelo Gallardo, suspenso para o jogo. A infração do time argentino seria passível de eliminação. Porém, o técnico foi apenas suspenso por mais jogos e o River absolvido pelo tribunal da Conmebol.
 
E as ideias polêmicas continuam, como a decisão de fazer a final da Libertadores a partir de 2019 com jogo único, em campo neutro. A ideia visa claramente copiar a Champions League, sem contar, entretanto, com a estrutura europeia, e sem levar em conta as diferenças geográficas. 
 
Na Europa, as distâncias são geralmente menores e ligações rodoviárias e ferroviárias, além da área, facilitam o acesso. Na América do Sul onde essa estrutura inexiste ou é precária, as grandes distâncias do imenso território vão obviamente dificultar, e muito, o acesso dos torcedores não tão abastados ao estádio. A decisão ano que vem, a propósito, será em Santiago, no Chile.
 
Vale destacar também o amadorismo dos clubes brasileiros. Ao não se unirem pra buscar melhorias, continuam se sujeitando a uma entidade que, há anos, vem perdendo a credibilidade.




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