Após a Câmara rejeitar o voto impresso e Jair Bolsonaro continuar colocando em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, anunciou hoje medidas para tornar o processo eleitoral mais transparente e confiável. Partidos e técnicos independentes poderão inspecionar os códigos-fonte (que permitem a computação do voto na urna e totalização do resultado) a partir de 1º de outubro, um ano antes da eleição. Antes, isso só era feito seis meses antes do pleito. Também poderão verificar o software inserido na urna e constatar que foi assinado digitalmente e lacrado. "A realidade é que os partidos não compareciam, nem indicavam seus técnicos. Assim foi nas eleições de 2016, de 2018, de 2020: nenhum partido compareceu para fiscalizar. Alguém poderia imaginar que é desídia dos partidos, mas não. Era a confiança que tinham no sistema", disse Barroso. O TSE deve aumentar o número de urnas auditadas às vésperas das eleições no teste de integridade. Hoje cem urnas são escolhidas aleatoriamente e passam por simulação de votação em que são coletados votos dos eleitores também em cédulas de papel para conferir com os registros na urna. Barroso frisou que isso é feito em local controlado, com uso de câmeras, e que nunca houve divergência entre o resultado das urnas e dos registros em papel. Veja o vídeo.