Itamar Novaes (*)

A atual temporada de F-1 que se inicia dia 14 de março no Bahrein promete! Sem exageros, acredito que será a melhor dos últimos anos. Vejamos: O retorno de Schumacher desta vez correndo por uma equipe alemã, fato muito significativo (Schumacher correu no time júnior da Mercedes no início da carreira!).  A Mercedes, que entrou no lugar da Brawn GP tem a missão de formar uma equipe genuinamente alemã e de primeira linha. Haja vista que seus motores há algum tempo equipam a equipe Mac Laren. Por sua vez o genial Fernando Alonso estreará na Ferrari após alguns anos de espera dos tifosi. Ele está muito ansioso por mais um título mundial.

Caso Nelsinho Piquet não tivesse sido punido na temporada passada, neste ano teríamos outra vez um Senna e um Piquet alinhados no grid de largada. Além da participação de Bruno Senna há ainda a estréia de Lucca di Grassi. Que vem muito motivado, após ser bem sucedido piloto de testes da Renault. Rubens Barrichello que renasceu na carreira graças à Brawn GP no ano passado vem com todo o gás na Williams. Por outro lado, Felipe Massa recuperado do acidente do ano passado tem sobre si a pressão monumental de disputar o título tendo como companheiro um bi-campeão mundial. Alonso. Certamente para o brasileiro será muito mais difícil bater o espanhol do que era superar Kimi Raikkonen. Terá que resistir a uma pressão que jamais foi submetido. Será o grande teste de sua carreira.

A Renault após o fiasco do último campeonato traz consigo a esperança de vitórias com o talentoso Robert Kubica.

Não podemos nos esquecer da Red Bull que tem outro genial piloto, apesar de muito jovem, o arrojado Sebastian Vettel. Que na temporada passada disputou o título lado do experiente Mark Webber, companheiro de equipe.

E as perspectivas de emoções não param por aí! Temos ainda o campeão mundial Jenson Button estreando na Mac Laren. Disputará a preferência do torcedor inglês com seu espetacular (para não dizer genial de novo!) compatriota Lewis Hamilton. Há muito tempo a F-1 não inicia uma temporada com tantos talentos disputando o título. Podemos ainda acrescentar a estréia de novas equipes como a  Campos, a Virgin Racing, a USF-1. E o retorno da Lótus.
 

Se não bastasse tudo isso o reabastecimento foi abolido. Com mudanças na pontuação que informamos no final do ano passado, mas que comentaremos no inicio da temporada. Então os drivers terão ingredientes a mais para acrescentar nas estratégias de corrida.

Nos recentes testes oficiais realizados em Jerez de La Frontera, nesta semana, Lewis Hamilton foi o mais rápido. Adrian Sutil da Force India foi o segundo. Barrichello ficou em terceiro. Superando Schumacher que ficou em quinto. Massa terminou em sétimo e Luca di Grassi na nona posição.

Confira os tempos:

1. Lewis Hamilton (Mac Laren) 1m19.583s

2. Adrian Sutil (Force India) 1m20.180s.

3. Rubens Barrichello (Williams) 1m20.341s.

4. Robert Kubica (Renault) 1m20.358s.

5. Michael Schumacher (Mercedes) 1m20.613s.

6. Sebastian Vettel (Red Bull) 1m21.203s.

7. Felipe Massa (Ferrari) 1m21.485s.

8. Pedro de La Rosa (Sauber) 1m22.134s.

9. Lucas di Grassi (Virgin Racing) 1m22.912s.

10. Jaime Alguesuari (Toro Rosso) 1m24.072s.

Sobre o brasileiro Nelsinho Piquet vale uma breve nota: Nesta semana ele estreou na Nascar Camping World Truck Series, em Daytona Beach, Flórida, nos Estados Unidos. Largou em vigésimo segundo lugar e terminou em sexto. Foi bem. Oxalá que encontre novos horizontes na carreira. Ele errou. Mas é jovem e pode se redimir. Ainda há tempo.

(*Itamar de Souza Novaes é colaborador da seção PAPO DE ARQUIBANCADA para assuntos de F1 - inovaegot@hotmail.com)

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