O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (18) retomar a divulgação da descrição mais detalhada dos bens declarados pelos candidatos nas eleições deste ano. Em eleições passadas, constavam na plataforma de divulgação de candidaturas do TSE dados como o endereço de imóveis e o nome das empresas das quais o candidato é sócio. Neste ano, tais dados passaram a constar apenas como “casa” ou “quotas ou quinhão de capital”, por exemplo. Nesta quinta-feira, o plenário da Corte Eleitoral analisou o assunto ao julgar o caso de um suplente de vereador de Guarulhos (SP) que pediu a ocultação de informações sobre bens declarados por ele nas eleições de 2020. A controvérsia começou a ser julgada na semana passada, com voto do então presidente do TSE, Edson Fachin, por restringir a divulgação de qualquer “dado pormenorizado” sobre os bens dos candidatos. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes, que hoje, em sua primeira sessão plenária no comando da Corte, divergiu de Fachin, votando pelo “acesso pleno dos documentos de pedido de registro dos candidatos”, incluindo informações como endereço, nome de empresas, placas de carro, entre outros. Em audiência pública, entidades de defesa da transparência solicitaram ao TSE que voltasse à divulgação mais detalhada, pedido que agora foi atendido. (Com Agência Brasil)