Nove trabalhadores foram resgatados em condições análogas à de trabalho escravo em três fazendas de Corumbá e Porto Murtinho, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU) e auditoria do Ministério do Trabalho nos dias 11 e 22 deste mês. Em coletiva à imprensa hoje (22) na sede do MPT-MS, em Campo Grande, representantes da força-tarefa destacaram o caso da Fazenda Matão, em Murtinho, onde trabalhadores atuavam sem quaisquer direitos trabalhistas, entre eles um idoso paraguaio que dividia espaço com animais e agrotóxicos para dormir. Ele contou trabalhar para o fazendeiro há mais de 20 anos, naquela e em outra propriedade. Todos bebiam água com resíduos sólidos, e tinham o custo da alimentação descontado na remuneração mensal de R$ 1,5 mil, não sobrando quase nada. O dono da fazenda se recusou a indenizar os trabalhadores, embora tenha recebido recursos públicos de R$ 915 mil por meio do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), para aquisição de bovinos. No entendimento do MPT, isso agrava a situação, já que o acesso a recursos públicos é condicionado ao cumprimento da função social da propriedade. Leia mais detalhes aqui no site do MPT-MS.

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