Na sexta-feira da Paixão, de véspera, me perguntaram se ainda torço pela Seleção Brasileira e se, no jogo político, torço pela situação ou pela oposição.

 

No campo político, respondi que até gostaria de torcer pelo governo, não por seus integrantes, mas pelo bem do próprio País. E que, por motivos tão óbvios quanto, não dá pra torcer pelos adversários do atual governo.

 

Vai daí que diante desse jogo de interesses de poder, resta apenas torcer por reformas políticas, econômicas e do próprio sistema que deixem as regras mais claras e mais difíceis de ser manipuladas, pelo bem da coletividade no Brasil. 

 

No campo futebolístico, respondi que até o segundo tempo das suposições, a inocente paixão pelo encanto do esporte me levava a esperar que o jogo sujo fora de campo fosse só exceções, infrações que pudessem ser sanadas com cartões amarelos ou vermelhos à cartolagem.

 

Depois de comprovadas as manipulações políticas na Fifa, na CBF, nos clubes, nos torneios; e de ver que jogadores com uma paixão muito maior pelo dinheiro e fama do que pelo esporte, resta torcer para que o futebol volte a ter o encanto quase inocente da arte que fazia brotar a reverência de multidões no Brasil e no mundo afora.