TJ entrega em Campo Grande a 16ª escola reformada com trabalho de detentos

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TJ entrega em Campo Grande a 16ª escola reformada com trabalho de detentos
Entrega da 'nova' escola na Coophavila II
Mais uma unidade escolar foi revitalizada com mão de obra prisional em Campo Grande. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) entregou ontem a reforma da Escola Estadual Professora Delmira Ramos dos Santos, no bairro Cophavilla II. A instituição de ensino é a 16ª contemplada pelo programa “Revitalizando a Educação com Liberdade”, que leva o trabalho de detentos para a comunidade escolar.
 
Idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto, titular da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, o programa custeia a reforma das escolas com os valores arrecadados a partir do desconto de 10% nos salários dos presos que trabalham na Capital. No projeto, são empregados 25 detentos diretamente na obra de revitalização, que contempla a parte estrutural, elétrica, hidráulica, jardinagem e pintura completa.
 
O presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, agradeceu aos parceiros que tornam possível a realização do programa, levou uma mensagem de estímulo aos estudantes e destacou o trabalho dos detentos que realizaram a reforma, afirmando que eles “mesmo no anonimato, ajudaram a construir e, mais do que isso, foram treinados pelo Senai para que, saindo da unidade prisional em que se encontram, possam exercer suas profissões e garantir seu próprio sustento”.
 
O juiz Albino Coimbra Neto citou que, com a dispensa de licitação e o custeio do material necessário para a obra, foi possível gerar uma economia de mais de R$ 12 milhões aos cofres públicos com a reforma dessas dezesseis escolas. Disse ainda que o êxito do programa, há mais de uma década, deve-se à obra coletiva, com a parceria constante de diversas instituições e o comprometimento dos presos. “Essas pessoas, quando fazem esse trabalho com impacto social, passam a refletir sobre o novo papel que têm perante a sociedade. Foram eles, e os outros que os antecederam, que mantiveram de pé esse projeto até hoje”.
 
O vice-governador do Estado, José Carlos Barbosa, frisou a qualidade da obra executada pelo projeto: “Não é apenas uma obra de reparo, ela é a reconstrução de uma escola”. Lembrando a importância que a horta trará para a comunidade escolar, Barbosinha disse que a iniciativa do Judiciário permite “plantar uma semente de esperança”, tanto para os detentos quanto para os estudantes, professores e funcionários beneficiados com as revitalizações dos espaços.
 
A reforma teve início em 5 de dezembro de 2024 e envolveu a atuação de 25 reeducandos do regime semiaberto do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. Com um investimento total de R$ 650 mil, os recursos usados foram provenientes de descontos de 10% nos salários dos detentos que trabalham em convênios com o poder público, além de aportes do governo estadual.


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Postado por: Marco Eusébio, 13 Maio 2025 às 10:30 - em: Papo de Arquibancada


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