Temer diz que denúncia é 'ficção' e ataca Janot citando assessor que atua para JBS
Reprodução de vídeoMichel Temer desqualificou em pronunciamento ao vivo nesta tarde a denúncia contra ele feita por Rodrigo Janot ao Supremo, em que o acusa de corrupção passiva como suposto destinatário da mala com 500 mil reais entregue pela JBS ao ex-deputado Rocha Loures, seu assessor. Ao lado de deputados, senadores aliados e ministros, Temer frisou que é da área jurídica e afirmou que a denúncia não tem embasamento jurídico nem provas concretas contra ele. Ironizando, o presidente afirmou que "reinventaram o código penal e incluiram uma nova categoria: a denúncia por ilação" e exemplificou: "Se alguém cometeu um crime e eu o conheço, ou tirei a foto ao lado de alguém, logo eu sou criminoso". Isso, afirmou, é um "predente perigosíssimo".
Para ilustrar, Temer partiu para o ataque citando o procurador Marcelo Müller, ex-assessor de Rodrigo Janot, deixou o Ministério Público "sem quarentena" para assessorar como advogado "empresa que faz delação premiada ao procurador-geral" (a JBS) e ganhou "milhões em poucos meses, o que talvez levaria décadas para poupar". Dizendo que se fizesse ilações, poderia dizer que esses milhões "talvez não fossem unicamente para o procurador de confiança", e emendou: "mas tenho responsabilidade, não farei ilações". Temer criticou em seguida o "senhor grampeador", Joesley Batista, que usou métodos questionáveis para homologar a delação e "conseguir o prêmio da impunidade" e disse que essa denúncia é "uma ficção".
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Postado por: Marco Eusébio, 27 Junho 2017 às 15:15 - em: Principal