Técnico existe... falta é cartola profissional

Wander Roberto/VipComm Divulgação
Técnico existe... falta é cartola profissional
Adilson Batista, estreia frustrada após vitórias de interino

O melhor momento do Palmeiras em 2009 foi sob comando do técnico interino Jorginho. Porém, a demissão de Muricy Ramalho do São Paulo, cujo CT é vizinho ao do Verdão, foi tentação demais para os dirigentes do Verdão. Um nome famoso disponível não poderiam deixar passar porque a mídia jamais os perdoaria se a série de bons resultados de Jorginho acabasse. E acabou rapidinho, mas sob o comando de Muricy, que com isso também passou vapt-vupt pelo clube.

Desta vez é o São Paulo que, depois de três derrotas seguidas demitiu Paulo César Carpegiani que só não havia caído antes por causa de uma atípica sucessão de vitórias no início do Brasileirão. Sem ele, o Tricolor obteve duas vitórias seguidas sob comando do interino Milton Cruz. Mas vitória não basta, porque a diretoria precisava de um técnico reconhecido pela mídia e contratou Adilson Batista, cuja estreia neste sábado fez o time broxar e ficar só no empate com o cambaleante Atlético Goianiense.

Comentei a incompetência da diretoria comandada por Juvenal Juvêncio com meu filho, que justificou: "Mas foi o Milton Cruz que não queria ficar como técnico titular. Ele está há 15 anos no comando das divisões de base do São Paulo e não queria correr o risco de perder o emprego assumindo a equipe principal".

Amorteci seu argumento e de bate pronto rebati: "Eis mais uma prova da incompetência e fraqueza da cartolagem do São Paulo, que jamais pode ser considerada pior do que a da maioria dos clubes brasileiros. Se quem está no comando fosse competente e tivesse segurança naquilo que faz, assumria os eventuais erros e não esperaria apenas as glórias dos acertos e bancaria o interino e nunca o culparia depois por eventual fracasso. No caso de Milton Cruz, é óbvio que não seria ele que deveria pedir sua permanência no comando da equipe principal. Pelo contrário. Quem está acima dele é que deveria assumir que, caso não desse certo sua experiência na equipe principal, bastaria devolvê-lo ao cargo anterior. Mas como esta e quase todas (se não, todas) as demais diretorias de clubes de futebol brasileiro estão mais preocupadas em faturar politicamente e financeiramente, preferente ser comandadas pela mídia, até porque, política e faturamento financeiro à parte, poucos poderiam ser considerados profissionais na arte de gerenciar futebol".

É o que penso.



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Postado por: Marco Eusébio, 23 Julho 2011 às 22:29 - em: Papo de Arquibancada


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