Supremo quer explicações do diretor da PF sobre arquivar inquérito contra Temer
Dida Sampaio/Estadão ReproduçãoPegou muito mal dentro e fora da corporação, e até no Planalto, a entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, à agência Reuters, em que declarou que a tendência na PF é recomendar o arquivamento da investigação em que o presidente é suspeito de beneficiar a empresa Rodrimar com o decreto que renovou concessões no Porto de Santos. Segovia foi intimado pelo relator da investigação contra Temer, no Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, a explicar suas declarações, após o carnaval. Para Barroso, a conduta de Segovia "é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal". O ministro entendeu que o diretor da PF ameaçou o delegado do caso, "que deve ter autonomia para desenvolver o seu trabalho com isenção e livre de pressões". Depois da péssima repercussão, Segovia, como a maioria costuma fazer, culpa a imprensa, dizendo que suas declarações foram mal interpretadas.
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Postado por: Marco Eusébio, 10 Fevereiro 2018 às 16:00 - em: Principal