Sindicatos e Ministério Público lançam canal para denúncia de assédio eleitoral no trabalho
Agência Brasil
Assédio eleitoral é crime e, desde 2022, o número de denúncias só tem crescido. Para evitar que um trabalhador ou servidor público sofra pressão direta ou indireta dos patrões ou chefes imediatos para votar em determinado candidato, as centrais sindicais, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançaram ontem um aplicativo onde é possível que o trabalhador denuncie. A denúncia pode ser feita na página do Fórum das Centrais Sindicais.
O secretário de Organização e Mobilização da CSB, Paulo Oliveira, explicou que os trabalhadores não vão precisar baixar o app. Os sites das centrais e o MPT vão colocar em suas páginas o QR Code onde o trabalhador, com seu celular, poderá acessar o canal e denunciar se estiver sendo vítima de assédio eleitoral no ambiente de trabalho.
O assédio eleitoral, muitas vezes ocorre de maneira sutil, segundo a procuradora do MPT Priscila Moreto, quando um empregador defende que seus funcionários votem em determinado candidato porque, assim, a empresa continuará crescendo. Caso o trabalhador não vote no candidato do patrão, o empregador diz que haverá mudanças, quando não demissões. “Essa é uma das formas do assédio eleitoral”, disse.
O secretário nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, alerta que o assédio eleitoral é muito forte no Brasil, até porque em 73% dos 5,7 mil municípios, a população varia entre 10 e 20 mil habitantes. “Nessas cidades, é muito comum que os trabalhadores conheçam os candidatos preferidos do empregador, e a pressão para que os funcionários votem no candidato indicado é muito forte. A mesma pressão, o assédio, ocorre com os funcionários das prefeituras”, disse. (Com Agência Brasil)
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Postado por: Marco Eusébio, 04 Setembro 2024 às 09:15 - em: Principal