Simone diz que perdeu eleição no Senado 'para o orçamento secreto', 'versão 2.2 do mensalão'
Jefferson Rudy/Agência Senado“A declaração comprova o que já sabíamos, só não podíamos provar. O orçamento secreto comprou a eleição para a presidência do Senado. Perdi a eleição para o orçamento secreto. Eis a versão 2.2 do mensalão”, afirmou ao Estadão a senadora e pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS), depois que o jornal divulgou que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) recebeu R$ 50 milhões em emendas por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. Pacheco venceu a eleição em que Simone foi a primeira mulher a disputar a presidência da Casa, em 1.º de fevereiro do ano passado, com 57 votos. Tebet teve 21. Na ocasião, o governo do presidente Jair Bolsonaro negociou verbas para eleger o senador e também Arthur Lira (Progressistas-AL) à presidência da Câmara. Em entrevista ao Estadão, Marcos do Val admitiu ter sido contemplado com R$ 50 milhões em emendas parlamentares por ter apoiado Pacheco. Para ele, os recursos recebidos, por intermédio do senador Davi Alcolumbre (União-AP) – coordenador da campanha de Pacheco –, seriam uma forma de “gratidão” pelo voto. Neste sábado, a manchete do Estadão vai além informando que apoiadores de Pacheco naquela eleição receberam pelo menos R$ 2,3 bilhões em emendas do orçamento secreto ao longo do ano passado, após a vitória dele que teve aval do Palácio do Planalto.
Deixe seu comentário
Postado por: Marco Eusébio, 09 Julho 2022 às 10:00 - em: Principal