A senadora Simone Tebet (MDB-MS) que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da disputa pela Presidência da República, quando obteve 4.915.423 (4,16%) dos votos válidos, declarou hoje, em ato político no Hotel Transamérica, em São Paulo, que apoia neste segundo turno da sucessão presidencial a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contra o atual presidente Jair Bolsonaro. Em discurso, Simone afirmou que criticou os dois candidatos "e continuo a reiterar as minhas críticas", e pediu "desculpas aos amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade neste segundo turno, preocupados que estão com a eventual perda de algum capital político, para dizer que o que está em jogo é muito maior que cada um de nós". Mais adiante declarou: "Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos". Conforme o G1, Simone e Lula selaram a aliança em almoço hoje na casa da ex-senadora Marta Suplicy, na capital paulista. Antes, ela se encontrou com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB-SP), candidato a vice na chapa de Lula, e os dois tiraram uma foto segurando o plano de governo da senadora, que deve passar algumas de suas propostas ao petista. A decisão de Simone já era esperada. Em fevereiro, antes de ser oficializada candidata pelo MDB, a senadora disse em entrevistas, que em um eventual segundo turno com Lula e Bolsonaro, que já lideravam as pesquisas, o atual presidente não teria seu voto.

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