Com placar apertado, e 42 votos contra 37, o Senado aprovou hoje a Medida Provisória que permite a privatização da Eletrobras, condicionada à outorga de nova concessão de geração de energia elétrica. Para conseguir apoio, o texto teve modificações e por isso terá de voltar à apreciação da Câmara dos Deputados e terá de ser aprovado até a próxima terça-feira para a MP não perder a validade. As mudanças são polêmicas, desagradam a parte da indústria, mas foram aceitas pelos governistas que esperam avançar na agenda de privatização do ministro Paulo Guedes (Economia). O senador Marcos Rogério (DEM-RO) manteve a exigência de construção de termelétricas em redutos eleitorais sem infraestrutura de transporte de gás. Porém, foi retirada a exigência de contratação prévia de termelétricas, pois técnicos do governo avaliaram que isso poderia inviabilizar a venda da Eletrobras. O incentivo a usinas a carvão, fonte cara e poluente que tem deixado de ser usada na maioria dos países, também foi retirado do texto. Isso visava atender empresas do setor e a bancada de Santa Catarina, que tem cidades com economia baseada na extração de carvão. P.S.: Conforme placar de votação divulgado pelo G1 nacional, dos três senadores de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (PSL) votaram a favor e Simone Tebet (MDB) contra a MP.  (Com O Globo e Agência Senado)

• senado
• eletrobras
• câmara dos deputados
• privatização
• rodrigo pacheco
• flávio bolsonaro
• paulo guedes
• energia elétrica