Em um recado ao governo contra a operação da Polícia Federal que teve como alvo na semana passada o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o filho dele, deputado Fernando Filho (DEM-PE), líderes do Senado em acordo com o presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP) cancelaram a sessão da CCJ de hoje que votaria o relatório de Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre a reforma da Previdência, adiada para a terça-feira da semana que vem, para que um grupo de senadores vá pedir ao presidente do Supremo, Dias Toffoli, a suspensão da liminar do ministro Luís Roberto Barroso que autorizou a busca e apreensão em gabinetes de Bezerra e do filho, suspeitos de terem recebido R$ 5,538 milhões em propina na época do governo petista, quando o senador era ministro. A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS) disse que foi pega de surpresa com o cancelamento da sessão e considerou a manobra um "erro de estratégia" por considerar que CCJ poderia manter a pauta, mesmo que os líderes quisessem ir ao STF. Embora Simone e Tasso tenham sido contra, venceu a maioria.

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