Seca histórica fez Amazonas perder superfície de água equivalente à área do DF em setembro

Landsat/Nasa
Seca histórica fez Amazonas perder superfície de água equivalente à área do DF em setembro
Satélite mostra a seca iniciada em setembro em rios e lagos na região de Coari (AM)

Análise de cientistas do projeto MabBiomas, que mapeia a ocupação do solo no Brasil usando satélites da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA), divulgada ontem, mostra que a seca histórica que atinge o Amazonas neste ano fez o estado perder em setembro uma área de superfície de água de 530 a 630 mil hectares, similar à do Distrito Federal. O levantamento foi feito a partir de imagens de satélite, e mostra que só Barcelos, maior município do estado, perdeu 69 mil hectares em superfície de água em relação ao nível médio dos últimos anos para o mês.

O Rio Negro atingiu ontem a cota de 13,59 metros, a menor já registrada na história, em 121 anos de leitura pelo porto de Manaus deixando povoados que dependem da navegação isolados e, conforme a prefeitura da cidade, que monitora a vazante dos rios Negro e Amazonas, a tendência é de que o volume dos rios continue baixando até o fim do mês. Também ontem, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou R$ 225 milhões para reforçar o atendimento no Amazonas em razão da forte estiagem que atinge a região e gera queimadas, cuja fumaça aumenta doenças respiratórias.

A boa notícia na região é que a hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, voltou a operar ontem após o aumento do nível do Rio Madeira nos últimos dias. A usina havia interrompido a operação no dia 2 deste mês depois que os níveis do rio baixaram aproximadamente 50%.
(Com Estadão e Agência Brasil)


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Postado por: Marco Eusébio, 17 Outubro 2023 às 15:30 - em: Principal


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