"Campo Grande deixou de ser modelo de saúde do Brasil e servia de parâmetro ao Estado. Quando conversamos com gestores dos municípios do interior antes usávamos como exemplo. Está difícil agora, pois os problemas se tornaram decorrentes", declarou o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Mato Grosso do Sul (Coren-MS), Sebastião Duarte, na audiência pública sobre "A saúde que queremos para Campo Grande", realizada ontem pela Câmara dos Vereadores. Duarte reforçou que a Capital deixou de ser modelo nos manuais do Ministério da Saúde. "Perdemos este status." Disse ainda que a Atenção Primária mudou, não há mais visitas com equipes de saúde domiciliares, e que, desde que as unidades de saúde passaram a atender horários estendidos, não houve contratação de mais profissionais. Aproveitou para cobrar responsabilidade de todos os gestores de saúde na audiência, em que estavam presentes o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, a adjunta Rosana Leite, a presidente da Santa Casa, Alir Terra, vereadores e representantes do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública. O Coren-MS fez um levantamento que existem algumas unidades deterioradas e insalubres na Capital, embora a maior parte possui condições satisfatórias. Duarte frisou que, mais importante do que realizar reformas nos prédios, é necessário a prefeitura suprir a falta de medicamentos e de ter mais profissionais para atendimentos. "Não adianta reformar unidade de saúde se não tiver profissionais para estarem lá e trabalharem", afirmou.

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