Além de a escassez de chuvas facilitar a propagação de incêndios que destroem a flora e a fauna no Pantanal e outras regiões, a diretoria da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) alertou nesta semana que está preocupada com a situação atual dos mananciais que abastecem o sistema de distribuição de água potável para consumo em cidades da região e outras localidades. A empresa voltou a alertar as autoridades públicas e a população sobre a necessidade de adotar medidas urgentes e aconselha o uso consciente da água diante do que classifica como "uma crise hídrica sem precedentes" no estado.

 

Conforme a Sanesul, a seca é monitorada desde o início do ano. Em fevereiro, o presidente da empresa, Renato Marcílio, advertiu sobre a crise iminente e baixou portaria criando um grupo de trabalho para acompanhar a situação em Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Aquidauana e Anastácio, onde a situação é mais crítica, e em outras localidades. Como a única fonte de abastecimento de Porto Murtinho, Ladário, Corumbá e do distrito de Porto Esperança é o Rio Paraguai, por meio de captação superficial, o grupo foi encarregado de monitorar continuamente os níveis dos mananciais, identificar áreas de risco e implementar ações emergenciais para mitigar os efeitos da crise hídrica. A empresa também lançou campanhas de conscientização para incentivar a população a reduzir o consumo e evitar o desperdício de água, e diz que adotou ações de combate às perdas no sistema de distribuição de água tratada, principalmente em Corumbá, com gerenciamento das pressões na rede, controle de vazamentos não visíveis, agilidade nos reparos e o investimento contínuo na infraestrutura.