Rogéria morre aos 74 anos

Fotos Divulgação e Reprodução
Rogéria morre aos 74 anos
Astolfo Barroso Pinto, nome que nunca rejeitou, como Rogéria, em dois tempos
Morreu aos 74 anos na noite anterior o Astolfo Barroso Pinto, conhecido como a artista Rogéria, no Rio de Janeiro. Nascido em Cantagalo, no interior do Rio, Astolfo começou na vida artística como maquiador. Incentivado por Fernanda Montenegro, virou "Rogéria", dama fluente em francês e em piadas rápidas que gostava de ser chamada de "a travesti da família brasileira". Sem nunca rejeitar sua condição de homem e destacar seu lado artístico como travesti, Rogéria ganhou o respeito numa época em que isso era tabu. E aceitando-se quando essas condições eram inaceitáveis, sem querer impor aos outros, mas conquistando seu papel na vida, alcançou também a fama. Foi jurada de programas da TV Globo desde o Chacrinha até ao Luciano Huck. E destaque em programas e novelas como "Viva a Noite", "Tieta", "A Grande Família", "Sai de Baixo" e "Malhação". À GloboNews, contou que foi discriminada só uma vez na vida, em uma boate onde trabalhava, ao ser barrada na entrada do banheiro feminino. Indagada pelo repórter Chico Felitti, da Folha de S.Paulo, no ano passado "se não tinha medo de morrer", Rogéria respondeu: "Meu amor, eu vivi mais do que qualquer outra. Mais e melhor." Num país em que a expectativa de vida de uma travesti ou trans é estimada em 35 anos, ela própria diria que viveu, em todos os sentidos, muito mais que a maioria.


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Postado por: Marco Eusébio, 05 Setembro 2017 às 09:00 - em: Principal


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