Embora qualquer um pudesse enxergar que por mais que jogasse o São Paulo não tinha um "matador" em campo e perdesse muitos gols por problemas de finalização, o técnico Paulo César Carpegiani esnobava o veterano Rivaldo deixando-o sempre no banco e, algumas vezes, colocando o centro-avante na "fogueira" no fim da partida, quando tudo já estava perdido. Na noite de ontem, vendo seu time ser humilhado sem poder participar, após o Avaí mostrar ao Tricolor quem realmente era "grande" em campo, Rivaldo foi à forra .

– "Foi uma humilhação da minha pessoa o que o treinador fez comigo. A torcida do São Paulo sempre me empolga, me dá motivação, mas foi triste. Com todo o respeito aos jogadores que entraram, mas eu poderia ter dado mais qualidade no meio e tentar um passe para deixar um companheiro na cara do gol. É uma vergonha o São Paulo não se classificar. A gente sente muito pela torcida que sempre nos apoia", desabafou o camisa 10 mais reserva do planeta se jogar numa equipe comandada por Carpegiani. E, cá entre nós, falou com razão. Tanto Fernandinho como Marlos, que o substituiu no jogo, podem at[e ter qualidades, mas são péssimos de pontaria. E Rivaldo, pode até ser veterano, mas sabe como mirar o gol. 

CARPEGIANI ADMITE QUE PRECISAVA, MAS... No vestiário, Carpegiani, questionado sobre as declarações do atacante, afirmou: "Na hora que precisamos que vemos as pessoas, o caráter delas". E ironizou: "Mas ele não deve se sentir humilhado, já foi o melhor do mundo". Cá entre nós, foi uma espécie de autoironia, pois, ao admitir que precisava e não pôs o homem em campo, das duas uma. Ou precisava apenas de consolo pelo flagrante fracasso duplo depois de já ter o clube seu comando eliminado taticamente por Muricy no Paulistão ou... só quis sacanear mais uma vez com o veterano atacante, como vinha fazendo antes e fez durante a partida.