Ricardo Teixeira renuncia ao comando da CBF

Fotos Reprodução/Arquivo e Rafael Ribeiro/CBF
Ricardo Teixeira renuncia ao comando da CBF
Teixeira sai deixando carta-renúncia lida pelo novo presidente Zé Maria Marin

Vinte e três anos depois de assumir o comando da Conferação Brasileira de Futebol "herdando" o cargo do ex-sogro João Havelange, Ricardo Teixeira renunciou ao cargo de presidente da CBF e também à presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. Ele será substituído, conforme prevê o estatuto, pelo vice-presidente do Sudeste por ser mais idoso da confederação, o ex-governador de São Paulo José Maria Marin, de 79 anos, que leu a carta-renúncia de Teixeira nesta segunda-feira (12) em entrevista coletiva na sede da entidade, no Rio de Janeiro, em que Teixeira afirma: "Hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF". 

 
MARIN, que já presidiu a Federação Paulista de Futebol (FPF) e voltou ao notíciário neste ano após "embolsar" uma das medalhas ganhas pelos jogadores do Corinthians pelo título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, disse que ficará no comando da CBF até o final do mandato de Teixeira, em 2015, ano seguinte ao da Copa, quando, enfim, deverão ser realizadas novas eleições. O novo presidente da CBF disse ainda que não haverá mudanças e seguirá os passos de seu antecessor. "É a continuidade de uma gestão respeitada em todo o mundo", frisou. 
 
NA CARTA Ricardo Teixeira agradeceu à torcida brasileira e lembrou os títulos que a Seleção Brasileira conquistou desde que assumiu o comando da CBF em 1989 (duas Copas do Mundo em 1994 e 2002; três copas das Confederações em 1997, 2005 e 2009; e cinco copas América em 1989, 1997, 1999, 2004 e 2007) e considerou injustas as acusações contra ele. "Fiz nesses anos o que estava ao meu alcance, sacrificando a saúde e o convívio familiar. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias", diz o texto. "Presidir paixões não é tarefa fácil. O futebol no nosso país é associado a talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o talento. Quando perdemos, imperou a desorganização", emendou.


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Postado por: Marco Eusébio, 12 Março 2012 às 13:50 - em: Papo de Arquibancada


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