Há 23 anos reinando absoluto no futebol brasileiro desde que em 1989 assumiu o comando da Confederação Brasileira de Futebol sucedendo seu ex-sogro João Havelange, Ricardo Teixeira, de 64 anos, deu hoje mais uma demonstração de força. Convocou os presidentes de todas as 27 federações estaduais de futebol do Brasil ao Rio e em assembleia-geral, com o apoio unânime de todos, ficou decidido que continua no comando da CBF e do Comitê Organizador da Copa (COL), apesar de ser alvo de denúncias. Ficou também acertado que, caso ele seja obrigado a se afastar por motivos de saúde, será cumprido o estatuto e assumirá o comando o vice-presidente mais velho da CBF, José Maria Marin, o ex-governador paulista recém flagrado por câmeras de TV colocando no bolso uma das medalhas da premiação do título da Copa São Paulo de de Futebol Júnior, a Copinha, conquistado pelo Corinthians. Terminada a assembleia, Teixeira foi embora sem dar entrevistas e sem dar bola pra uma manifestação da Frente Nacional de Torcedores com faixas de "Fora Ricardo Teixeira" em frente à sede da CBF.